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Jundiaí
sexta-feira, 26 abril, 2024

Excesso de pacientes fecha o Hospital São Vicente

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Há muito tempo o Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí, vive lotado. Principal ponto de atendimento de emergências, o São Vicente recebe pacientes não só da região, mas de muitas cidades brasileiras, atraídos por sua fama de atender bem. Na segunda-feira (24), o hospital não suportou a lotação e fechou suas portas – passou a atender somente emergências.
Às dez da manhã da segunda o São Vicente tinha 314 pacientes. Sua capacidade é de 238 leitos. Ou seja, havia 76 pessoas internadas acima da capacidade. Como é praxe, essa restrição no atendimento virou motivo de reclamações.
A realidade é bem distante. Se há pacientes ou familiares reclamando, é bom os prefeitos das cidades vizinhas se mexerem. Várzea Paulista, por exemplo, inaugurou um suposto hospital, sem capacidade de cirurgias – não passa de um pronto-socorro melhorado. O atendimento do Hospital da Cidade, em Várzea, é tão complicado, que ele ganhou apelido: Rodoviária de Doentes, onde o paciente vai até ele para apanhar uma ambulância e ser levado para Jundiaí. Onde? No São Vicente.
Campo Limpo tem seu Hospital de Clínicas, e tem atendido sua população. O mesmo acontece com Itupeva e Louveira, que tem Santa Casa. Em Cabreúva há unidades de saúde, mas atendimentos mais complexos são levados para Jundiaí – a Santa Casa de Cabreúva está em reformas.
Além das emergências de praxe, que saem mais barato às prefeituras comprar ambulâncias para despachar seus doentes do que construir hospitais, o São Vicente tem atraído gente do Brasil inteiro para cirurgia de cataratas.
Além de problemas crônicos, o São Vicente é o único que atende os acidentados nas rodovias da região, os feridos em brigas ou tiroteios, e ainda, por ser hospital público, tudo o que o Samu trouxer para sua recepção.
Faltam mais hospitais em nossa cidade
Jundiaí tem hoje, seguramente, 400 mil habitantes. Mas o número de hospitais não acompanhou o crescimento do número de moradores. Nos anos 1960/1980, a cidade tinha mais hospitais, que foram fechados por uma série de razões.
São dessa época o Instituto de Cirurgia e Traumatologia (ICT, também conhecido como Hospital da Ponte), o Instituto de Psiquiatria, que funcionava no bairro da Grama, o Hospital do Sesi, que funcionava no Anhangabaú, a Casa de Saúde Domingos Anastasio (antiga Fratellanza Italiana), Hospital Santa Rita de Cássia, Hospital Maternidade de Jundiaí, além do próprio São Vicente, o único que sobrou.
Fechada, a Casa de Saúde foi transformada em Hospital Regional, que não atende emergências; O Santa Rita foi fechado, e em seu lugar foi aberto o Hospital Universitário; foram construídos o Hospital Pitangueiras, do grupo Sobam e o Hospital Paulo Sacramento, inicialmente do grupo Jundiaí Clínicas e hoje nas mãos da Intermédica.

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