Houve um tempo em que uma pretensa vidente anunciava seus milagres em pequenos banners pendurados em postes e árvores. Depois foi um lava-carros. Agora está um clima de liberou geral. Não há poste ou alambrado livre de faixas e placas – todas irregulares.
Primeiro que, para se colocar qualquer publicidade em via pública é necessária autorização da Prefeitura. E ela cobra uma taxa para isso. Segundo que a lei não permite. Mas seus autores insistem, certos da impunidade.
Nos postes e alambrados são vendidos apartamentos, terrenos; são alugadas chácaras para fins de semana; são promovidas baladas e outros eventos.
Mas não é só isso. Prestadores de serviços também fazem sua parte, como encanadores, gesseiros e eletricistas. Penduram as placas sem cerimônia, à luz do dia, sem serem incomodados.
Alguns ganharam a preferência dos porcalhões. O negócio é concorrido. Anunciam-se cursos, escolas, viagens, excursões e recentemente, durante a campanha eleitoral, não faltaram candidatos para colaborar com a poluição visual.
E alambrado concorrido está ficando o da área do Estado ao lado da entrada para o Aeroclube de Jundiaí. Nessa semana, estavam anunciados terrenos, transporte escolar e até uma peça de teatro. Ou melhor, duas.
Se alguns reclamam da cidade ficar feia por causa da publicidade irregular (sem licença e sem pagamento de taxas), alguns motoristas afirmam que muitas confundem o trânsito.
Pessoas mais radicais defendem outra postura: “Já que eles gostam de sujeira e ninguém tira as faixas e placas, acho que a gente deveria não comprar nada deles. É uma forma pacífica de protestar e fazê-los entender que não colaboram com a maioria”, diz Suzilene Aparecida, professora particular e moradora no Eloy Chaves.
Pra piorar a sujeira, ainda resta propaganda política não retirada por alguns candidatos – faixas, placas e até cavaletes. Não foram eleitos.
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