Desde janeiro, todas as cidades têm obrigação de manter os serviços de eletricidade, como iluminação pública. Era responsabilidade das concessionárias, como a CPFL, mas uma resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) transferiu o problema às prefeituras. O primeiro prazo era janeiro do ano passado.
Mas a chiadeira dos prefeitos foi tamanha que a Aneel prorrogou para dezembro passado e avisou que seria o último. Com isso, cabe às prefeituras trocar chaves, lâmpadas, fios, relês, e às concessionárias somente o fornecimento da eletricidade. Certo?
Quase. A prefeitura de Várzea já está recebendo um valor referente ao serviço que deveria estar fazendo. Esse valor está nas contas de luz como Contribuição Custeio IP-CIP. Porém, como a prefeitura não tem funcionários nem gente especializada para o serviço, está fazendo como a maioria – contratando uma empresa.
Só que essa contratação deveria ter sido feita no ano passado. Assim, quando janeiro chegasse, a empresa já estaria pronta para trabalhar. Como o prefeito Juvenal Rossi deixa tudo nas mãos de Deus, e Deus anda ocupado demais com problemas maiores (a turma do Petrolão deve rezar dia e noite pra escapar da cadeia), Várzea corre o risco de ficar às escuras.
Na semana passada, por exemplo, a concorrência para escolher a empresa ainda estava no departamento jurídico da prefeitura para análise. Depois disso a concorrência será publicada (e olha o Capeta com o carnaval atrapalhando os prazos de Juvenal) e as empresas interessadas apresentarão propostas.
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