Lançado no Brasil livro sobre bastidores do Reich

Na Rússia, Marie era uma princesa. Precisou fugir e foi trabalhar na Alemana nazista. Lá foi testemunha de quase tudo
Pra entender a história: Marie Vassiltchikov era uma princesa na época dos czares russos. Com a revolução comunista de 1917, fugiu para a Alemanha. Com ela falava vários idiomas, foi trabalhar no Ministério das Relações Exteriores nazista. E lá escreveu um diário com muitos detalhes, publicado só após sua morte.
“Diários de Berlim – 1940-1945” relata o período da guerra. E o que Marie tem a ver com isso? Tudo. Foi nesse ministério que boa parte da aristocracia alemã tramou o atentado contra Hitler em 1944. E esse atentado só não deu certo porque Claus von Stauffenberg, principal cabeça da Operação Valquíria (no cinema, vivido por Tom Cruise) era cego e maneta – as duas bombas colocadas no lugar teriam destruído tudo, mas só uma explodiu e Hitler escapou.
Nem tudo está publicado. Algumas páginas foram arrancadas e desapareceram. E aí há duas hipóteses: o envolvimento de Marie nesse atentado ou a preservação de algumas famílias na conspiração.
Adam Von Trott zu Solz era o chefe de Marie – e também o cérebro da Operação Valquíria. Há quem garanta que os dois eram amantes. Marie afirmava que só tinha uma posição privilegiada perto do chefe. Ou seria no seu colo? Trott foi julgado e condedado à morte pela traição. Foi enforcado da prisão de Plötzensee, em 26 de agosto de 1944, com cordas de piano.