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sexta-feira, 26 abril, 2024

E depois, o que faremos?

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O próximo domingo, 15 de março, promete. Há manifestações programadas em todo o país. Algumas só querem xingar dona Dilma – coisa típica de brasileiro; outras querem que ela tome um impeachment; manifestantes mais radicais pregam cadeia e fuzilamento em praça pública.
Não se sabe ainda o que vai acontecer de fato, mas o problema é outro: o que faremos no dia seguinte? Numa hipótese improvável, a gorducha renuncia e vai para casa. Assume o vice, e daí? O que vai mudar? Nada. O dinheiro roubado não volta ao erário, os corruptos não serão presos e a plebe continua na mesma caca atual.
Numa outra hipótese, também improvável, os militares aproveitam a onda e tomam o poder. Muita gente vai festejar, mas essa mesma gente, daqui a alguns meses, estará pregando a volta da democracia e dos civis ao poder.
Desde que o homem passou a viver em grupos ou comunidades, sempre houve um líder, alguém que dita os caminhos e influencia os demais. Líder não é imposto – liderança se conquista, das mais diversas formas, menos pela imposição.
Na realidade, não temos líderes. Não temos ninguém que aponte um caminho que contente a maioria. Não temos ninguém com idéias novas. É tudo farinha do mesmo saco. Trocamos seis por meia dúzia. Basta ver a ficha dos 513 deputados federais e 81 senadores. Boa parte deles está enrolada em processos na Justiça. Outra parte é mais que suspeita de corrupção.
Acabaram com Sarney em 1989, mas até outro dia ele estava no Senado. Escorraçaram Collor em 1992, mas hoje ele é senador. Lindemberg Farias era um cara pintada, que ajudou derrubar Collor. Hoje é tão corrupto quanto ele, seu amigo de Senado.
Exemplo bem recente: em 2013, parte do país foi às ruas nos protestos. Parecia que o mundo ia mudar. Não aconteceu absolutamente nada. O que prova que somos iguais aos cães que correm atrás de carros, nas ruas, latindo para o pneu. Quando o carro para, não sabem o que fazer. 16 de março será igual a todos os dias. Assim é desde 22 de abril de 1.500.

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