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sexta-feira, 26 abril, 2024

A jundiaiense Carla é a 1ª tenente-coronel da região

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Nos anos 1990, Jundiaí ganhou seu Pelotão de Trânsito. A novidade não estava no pelotão, e sim no comando. Uma mulher. Um espanto à primeira vista, mas que aos poucos se dissipou. Com simpatia e jeitinho, sem deixar a seriedade do trabalho de lado, Carla Basson, jundiaiense e filha de advogado, conquistou a cidade. Seu posto era o de tenente PM.
Com o passar dos anos, Carla fez novos cursos, casou com Marlon Niglia, também oficial da PM, teve o filho e chegou ao sub-comando do 11º Batalhão da PM, sediado no Anhangabaú, em Jundiaí, como major. No último sábado ela foi nomeada tenente-coronel, e vai deixar Jundiaí para comandar o 35º Batalhão da PM, em Campinas.
Como Carla tem formação acadêmica – ela é doutora de verdade – pode ainda galgar mais um posto, o de coronel. Está na Polícia Militar há 24 anos e já ocupou diversas funções em cidades próximas a Jundiaí.
Nascida em Jundiaí, Carla passou sua infância como as crianças de sua época, estudou, cresceu, estudou mais ainda e se formou em Direito. Não quis saber dos tribunais. De quebra, ainda passou no vestibular da Unicamp, para cursar Engenharia Genética. Não se matriculou.
Como toda adolescente, sonhava um dia casar e ter sua família. Profissionalmente pensava em outras coisas, até que em 1991 entrou para a Academia da Polícia Militar em São Paulo. Talvez inspirada pelo pai, também militar – mas que nunca o viu fardado – e que hoje é advogado. Dois anos depois estava formada. Saiu de lá como aspirante a tenente.
Passou por diversas unidades na Capital e foi sendo promovida. De aspirante a 2‘ tenente e depois tenente. Foi com essa patente que Carla voltou a Jundiaí, em 1995. Durante onze anos permaneceu no 11º Batalhão, no Anhangabaú, em diversas funções – até com a Força Tática.
Mas foi como comandante do Pelotão de Trânsito, onde esteve até 2000, que ela se tornou conhecida dos jundiaienses. Primeiro, que na época em que assumiu o comando era estranho uma mulher mandando. Segundo que, com simpatia, paciência e educação cativou os motoristas. E sem deixar de multar quando preciso.
Nesse meio tempo conheceu outro PM, também oficial, e em 1998 com ele se casou. É o capitão Marlon Níglia, hoje servindo em Campinas. O casal tem um filho de 15 anos, que admira a profissão dos pais, mas ainda não decidiu o que fazer da vida.
Como a maioria das mulheres, na vida civil Carla vê tevê, passeia em shopping, gosta de dançar e ouve música. E rock pesado, onde entra Metallica e outros do gênero. Rock nacional também, como o dos Paralamas do Sucesso. Arma na bolsa pesa, mas exige responsabilidade. “Ela deve ser usada somente quando necessário e dentro da legalidade”, diz ela.

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