24.2 C
Jundiaí
sexta-feira, 26 abril, 2024

Da terra ao concreto. Ricardo comemora o sucesso

spot_img

No início do século passado, como tantos outros imigrantes, a família Benassi chegou a Jundiaí. Dedicou-se à lavoura, tornou-se produtora de uvas, passou para outras frutas e teve dois de seus filhos notórios na política local – José e André Benassi. Há 31 anos iniciou a diversificação do trabalho, quando José Benassi fundou a Construtora Santa Ângela.
Hoje a construtora é dirigida por cinco primos – Célia, Ricardo, Rafael e Alexandre – e outro familiar, Sérgio, preside o grupo, que inclui a comercialização de frutas e os negócios da agricultura. Aos 38 anos, casado com Ana Paula e pai de dois filhos, Ricardo também preside a Proempi-Jundiaí. Ele é engenheiro civil, com pós-graduação em Gestão Ambiental.
Trabalho não é novidade. Desde cedo ajudou nos negócios da família. Trabalhou em posto de gasolina, restaurante, até chegar à construtora. E nada de escritório – começou varrendo chão, ajudando eletricistas, buscando o que faltava na hora da emergência, fazendo as vezes de comprador, e quando conseguiu carta de motorista, passou a dirigir.
“A empresa era pequena – explica ele – e todo mundo precisava se virar para as coisas darem certo”. E deram. Quando se formou, passou a exercer outras funções, e hoje é uma espécie de diretor-técnico. O crescimento pra valer começou há dez anos, quando os bancos passaram a oferecer mais financiamentos.
Hoje a construtora tem empreendimentos (oito em andamento, totalizando 1.500 unidades) na cidade toda e em outras também, como Cabreúva, Itatiba e Americana. Há outros sendo planejados, em Campinas, Várzea e Campo Limpo Paulista. Nesse tempo, já foram entregues seis mil unidades. Emprega 400 funcionários, e dá trabalho a outros mil indiretamente. “Nossos funcionários são envolvidos, vestem a camisa da empresa – afirma Ricardo. O crescimento da construtora é fruto do trabalho em equipe”.
A Santa Ângela tem cinco pontos principais em seus negócios: o cliente, o funcionário, os acionistas, os fornecedores e a sociedade, como explica Ricardo. “Procuramos nos envolver com a comunidade. Recentemente, um empreendimento nosso tinha um prédio vizinho que não estava bem conservado. Reformamos o prédio vizinho, pois, se fazemos algo bonito, queremos algo bonito em nossa volta”.
Ricardo explica também que a construtora sempre deu contrapartidas à cidade. “Não adianta termos um prédio maravilhoso se o entorno não estiver bonito”, diz ele. Sobre Jundiaí, tem suas opiniões. Lamenta que muitas áreas, antes agrícolas, se tornaram loteamentos de chácaras. “Sem definição clara, esses loteamentos tendem a se tornar irregulares”.
Essa falta de definição, segundo ele, leva a ter áreas agrícolas descaracterizadas. “Elas não são áreas urbanas nem rurais, e é aí que surgem os loteamentos sem estrutura, sem documentação legal, acarretando problemas para a prefeitura e para a cidade, além dos compradores”, diz.
Não acredita também numa explosão de crescimento. “Não são as construtoras que fazem a cidade crescer – diz ele. Se há construção é porque há comprador. Mas a taxa de crescimento de Jundiaí está na média nacional, de 1% ao ano”.
Não reclama também de atender às exigências para construção. “Por ser de uma família conhecida, nossos projetos sempre foram examinados com lupa. Mas acima disso, temos obrigação de fazer tudo direito”, afirma Ricardo.
Com um sobrenome marcado na história política de Jundiaí, Ricardo não esconde que há sempre sugestões para que siga esse caminho. Mas desconversa. E com tanto trabalho, ainda encontrou tempo na manhã da quarta-feira para ir até a escola infantil onde está o filho André, de 4 anos, cantar o parabéns a você. Se é por causa de fôlego, passou no teste.

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas