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quinta-feira, 25 abril, 2024

Na falta do que fazer, deputados abusam

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Câmaras de todo o país, sejam municipais, estaduais ou a federal estão recheadas de projetos absurdos. Até Jundiaí tem vereadores que vez ou outra abusam da criatividade – e da paciência do eleitor – com suas ideias luminosas. Um vereador, por exemplo, chegou a propor a colocação de vasos sanitários reforçados para pessoas obesas.
Mas tem coisa bem pior. Um deputado carioca, por exemplo, quer que os restaurantes sejam obrigados a fornecer abridor de sachês de ketchup, mostarda e maionese. O nome da figura: Washington Reis, do PMDB.
Outra figurinha, o senador Jorge Afonso Argello (do PTB do Distrito Federal), está preocupado com a casa dos padres. Quer incluir religiosos (padres, pastores, pais de santo) como beneficiários do Programa Minha Casa Minha Vida.
E deputado sem noção, depois que morre deixa lembrança. Hilário Braun, do PMDB gaúcho, e que morreu em 2010, se incomodou com o termo “presunto”. Na gíria policial, presunto é cadáver. E tratou de apresentar projeto de lei – que ainda está em análise – limitando o uso do termo somente ao produto resultante do pernil do porco.
No Senado, há outra pérola. Eduardo Amorim, do Sergipe, quer que pessoas albinas sejam isentas de impostos. Já existe uma isenção para outros 16 tipos de doenças. Não valem gripe e resfriado. Tem mais: uma lei já aprovada proíbe uso de animais em filmes pornográficos. O autor da ideia foi o deputado paulista Ricardo Izar. E tem outro andando pelas gavetas dos deputados, que torna a zoofilia (sexo com animais) crime.
Outro deputado paulista, João Hermann Neto, que morreu em 2009, fez a reforma da reforma ortográfica. Um projeto seu queria extinguir o uso da crase. O deputado alagoano João Caldas que aviadores documentem e tornem público relatos de possíveis objetos voadores não identificados. Caldas gosta de Ets e garante que nunca foi abduzido.
Depois que uma atriz apareceu crucificada na Parada Gay de São Paulo, no começo do mês, um deputado de Brasília, Rogério Rosso apresentou projeto criando a Cristofobia – crime hediondo. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, embarcou nessa e colocou o projeto em urgência.
Mas pérola das pérolas, a cereja do bolo, o supra-sumo da falta do que fazer, é do deputado mineiro Reginaldo Lopes, que tem projeto para acabar com a corrupção de vez. E de um jeito mais que simples – ficam proibidos a produção, circulação e uso do dinheiro. Como se vê, burrice e falta de noção não são privilégios da classe operária.

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