Em 1971 John Lennon, já ex-beatle, chegou a Nova Iorque para recomeçar a vida. Deixou o cabelo crescer novamente, e passou a circular com um hippie americano de verdade (era moda). Agora tem livro sobre a vida de John Lennon em Nova Iorque, sua paixão por Yoko Ono (que mostrava as nádegas para fotógrafos) e sua pregação sobre amor livre e desapego a coisas materiais.
Em termos o desapego – ele nunca se livrou da fortuna guardada na Inglaterra. Na época, os americanos ainda viviam o clima de Guerra Fria, e o presidente Richard Nixon via conspiração em tudo. Resultado: o FBI (Federal Bureau Investigation) passou a seguir John Lennon. O diretor do FBI era J. Edgar Hoover. E o livro é do jornalista James A. Michell.
O livro lista lambanças como relatórios com endereço errado da casa Lennon, documentos em que o bureau se desculpava pela impossibilidade de fotografar Lennon – na mesma semana em que jornais do mundo inteiro mostravam-no circulando pelas ruas da cidade –, ou, ainda, textos em que os agentes de Hoover garantiam que o “radical” nada tinha a ver com protestos contra o Bloody Sunday, como ficou conhecida a ofensiva do exército inglês contra ativistas da Irlanda do Norte, em janeiro de 1972.