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sexta-feira, 26 abril, 2024

Vamos mudar nossa bandeira

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Aproveitando essa onda de mudanças, de modernismo, de adaptações aos novos tempos, fica aqui uma sugestão – a de mudar a bandeira nacional. É bonita, respeitada, mas está fora do contexto. A começar pelas cores, que também perderam seu simbolismo.
O amarelo representa a riqueza. Já foi tudo roubado, esquece. O azul, nosso céu sempre bonito. Mentira. Chove muito, e cada vez que agredimos a natureza fica pior ainda. O verde, nossas florestas. Quais, se está tudo desmatado? Resta o branco, que pode continuar na nova bandeira.
E como seria? Branca, e bem no centro, as nádegas femininas. Nada representa a cultura de nosso país como o bumbum feminino. Temos concursos para escolher os melhores; temos exercícios, nas academias, para levantar o traseiro; temos fábricas de roupas que produzem jeans e calcinhas com enchimentos para aumentar o bumbum (seria propaganda enganosa?) e temos até miss bumbum.
Nada é tão mostrado como o traseiro feminino. É a preferência nacional, tal como os americanos a têm nos seios, e os orientais nos pés. Nada mais justo que as nádegas femininas se tornem oficialmente o símbolo do país.
Essa preferência (ou seria tara?) é tão latente que cunhou-se um ditado para mulheres feias mas bem dotadas de traseiro: aquela é uma raimunda, feia de cara, mas boa de b… É a primeira coisa que todos olham quando passa uma mulher. Sim, todos. Homens por questões naturais, mulheres para avaliar a concorrência.
Nesses dias de Carnaval, o que mais se mostrou na TV foram as nádegas. Negras, mulatas, brancas, firmes, celulitosas – tinha nádegas para todos os gostos (e taras). A TV substituiu a antiga revista Manchete, um tempo disputada nas quartas-feiras de Cinzas tamanha a quantidade de fotografias das peladonas.
Justificativas para a mudança, como se vê, não faltam. Talvez um plebiscito resolva a questão. Se mudaram até a ortografia para facilitar a vida dos analfabetos, por que não mudar a bandeira? Se ficou feio e inconveniente uma mulher amamentar seu bebê em público, mas continua bonito mostra o traseiro, a hora é de mudança.
Aos moralistas, temos justificativas de sobra. Afinal, Adão e Eva, criados por Deus, andavam nus. Aproveitemos e mudemos também o hino – viram no Ipiranga as nádegas flácidas… Mais condizente com essa nossa casa de mãe joana.

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