Sem ajuda do Estado, que se comprometeu a repassar R$ 2 milhões por mês, mas não o faz, HSVP muda atendimento
Não é só por causa disso, mas dentro de quatro meses o Hospital São Vicente de Paulo, o Vicentão, passará a funcionar no sistema de “portas fechadas”, a exemplo do que acontece no Hospital Regional atualmente. O Pronto Socorro continuará atendendo normalmente, mas os demais casos deverão ser marcados e encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde e pelas prefeituras que fazem parte do sistema.
Explicando: atualmente o São Vicente atende qualquer um que por lá apareça, seja de onde for. Ou quase isso. A média de atendimentos mensais é de pouco mais de 40 mil – mais de mil por dia. Os casos atuais vão desde unha encravada até cirurgias cardíacas, enquanto o Hospital Regional escolhe quem vai atender, e passa boa parte do tempo ocioso. O São Vicente sempre lotado.
Isso é resultado de um acordo feito com o Ministério Público, que deverá ser ratificado pela Justiça. Com isso, quem tiver pequenos problemas, como mal estar, suspeita de gripe, enfim, uma dor de barriga qualquer, deve procurar a Unidade Básica de Saúde do bairro ou algum dos PAs (Pronto Atendimento) da cidade. Se o caso for mais grave, precisar de cirurgia ou um procedimento de mais complexidade, o médico encaminhará o paciente ao São Vicente.
Por outro lado, as prefeituras da Região, que usam o São Vicente, precisarão absorver seus problemas, atendendo os casos menos graves. Quando for de alta complexidade, aí sim encaminharão para o São Vicente.
