Empresa fez proposta de cortar vários benefícios para evitar demissões, mas funcionários não aceitaram
Agora o problema se chama Plascar. A empresa mandou avisar seus funcionários que está em crise, e que está pensando em ir embora de Jundiaí – o tradicional clima de terror que antecede alguma má notícia. E essa má notícia chegou logo: a Plascar propôs, como forma de continuar em Jundiaí, corte do Visa Vale (que substitui a cesta básica) e do convênio médico.
A proposta foi encaminhada ao sindicato, que fez assembléia com os funcionários – e eles resolveram não aceitar. Afirma a Plascar que sua intenção é transferir sua linha de produção para duas cidades mineiras, Betim (na região de Belo Horizonte) e Varginha.
Feita a assembléia, começou a queda de braço – a velha história de quem pode mais chora menos. A Plascar avisou que não cederia às pressões, ou seja, ia cortar mesmo o vale alimentação e o convênio médico. Na terça (3) à tarde, outra assembléia endossou a decisão anterior, a de greve.
Circula também entre os funcionários a notícia de que a Plascar não paga a Sobam, empresa responsável pelo convênio médico, há três meses, e que ela, a Sobam, não está muito disposta a renegociar a dívida, perto de um milhão de reais. Mais um problema – a Plascar não estaria pagando o aluguel do prédio que ocupa, no bairro do Retiro, há três meses.
Moral da história – na quarta de madrugada houve greve, e num passe de mágica a empresa achou solução pra tudo. Resolveu não cortar mais os benefícios, e prometeu que tudo continua como antes. E até melhor – encerrou a redução de jornada e salários.
