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sexta-feira, 26 abril, 2024

Caso Grendacc: "Conversa não vai resolver"

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Afirmação é do prefeito Juvenal Rossi, de Várzea, que todos os meses é obrigado pela Justiça a fornecer remédios de alto custo
O não credenciamento do Grendacc pelo Ministério da Saúde continua dando pano pra manga. Só uma coisa é certa – é preciso dar um jeito na situação para que o Grendacc continue atendendo os pacientes da região. Na tarde de segunda-feira (18), o deputado federal Miguel Haddad se reuniu com prefeitos e técnicos das cidades do Aglomerado Urbano de Jundiaí para discutir soluções.
Antes desse imbrólio, o Ministério da Saúde havia feito uma divisão territorial bem marota: incluiu 11 cidades da região de Baragança Paulista no AUJ, que são sete cidades. Depois de dois anos e meio de conversa, o MS deu duas opções: ou o atendimento ficaria só com as sete cidades do AUJ ou todos iriam para Campinas. A opção foi ficar no AUJ.
Luiz Fernando Machado lembrou que o Ministério da Saúde deve R$ 15 milhões por ano a Jundiaí. Miguel Haddad disse que já há senadores e outros deputados entrando nessa briga com o ministério. Henrique Martin, de Cabreúva, sugeriu que todos os prefeitos se unissem para falar novamente com o presidente Michel Temer. Sugeriu também que as cidades comprem serviços do Grendacc.
Eliane Lorencini, prefeita de Jarinu, entrou muda e saiu calada. Mas foi Juvenal Rossi, prefeito de Várzea, quem radicalizou a conversa. Juvenal explicou que a Justiça o obriga ao fornecimento de medicamentos e serviços de alto custo, coisa que é obrigação do ERstado e da União. Sugeriu o troco.
“Conversar não resolve nada, disse Juvenal. Entendo que precisamos judicializar a questão, cobrar na Justiça o que o Estado e a União têm obrigação de fazer, diss ele. Enquanto for assim, não existe solução”. Uma nova reunião ficou marcada para a sexta-feira (22) no Paço de Jundiaí.
 
A palhaçada do Ministério da Saúde
O que hoje o Ministério da Saúde nega ao Grendacc é coisa que vem desde 2010, quando foi apresentado o projeto de ampliação e construção do hospital. O MS chegou a analisar o projeto e sugerir correções. O Grendacc tocou o projeto adiante porque contava com as regras a seu favor – haveria o credenciamento.
As regras foram mudadas em março deste ano pelo ministro da Saúde, engenheiro (sim engenheiro, não médico) Ricardo Barros. Foi onde os problemas começaram. Resumo da ópera: o Grendacc deve R$ 2,1 milhões ao banco Santander, mas as despesas mensais.
Conta com dois convênios (Jarinu e Louveira) e com ajuda da Prefeitura de Jundiaí, que usa repasses ao São Vicente, via emendas parlamentares, para socorrer o Grendacc. Mas uma coisa é certa – sem novos recursos, o Grendacc fecha de verdade.

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