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sábado, 27 abril, 2024

O Brasil dos ronaldinhos

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O jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho teve 57 imóveis penhorados pela Justiça nesta semana. Está devendo uma fábula. Não fatal protestos em cartórios. Então começam as perguntas. Como um jogador, eleito duas vezes o melhor do mundo, que recebeu salários biliardários, consegue chegar numa situação dessas?

Respostas mais que simples. Ronaldinho sempre foi perdulário. São conhecidas suas noitadas com mulheres de parar o trânsito, suas orgias e suas compras sem critério. Assim como ele, outros outrora famosos terminaram na rua da amargura. Ou muito próximos dela. Garrincha terminou na miséria, vivendo de favores, enterrado no alcoolismo.

Não só jogadores. Artistas que ganharam dinheiro demais e fizeram suas loucuras também terminaram vivendo na base da caridade. Wilza Carla, que protagonizou novelas e filmes, notadamente na era das pornochanchadas, esbanjou o que foi possível. Terminou choramingando na TV que ninguém a ajudava. Viveu algum tempo com a ajuda de Silvio Santos, que lhe comprava os remédios.

Recentemente, um ex-galã da Globo, famoso por sua participação na novela Malhação, foi visto trabalhando como motorista de Uber. O porquê disso acontecer com muita gente também explicação lógica e aceitável.

A maioria de famosos, sejam artistas ou jogadores de futebol, saem de classes mais pobres. Quando se enchem de dinheiro fácil, ficam deslumbrados. Passam a acreditar que o dinheiro lhes possibilita tudo. Jogador de futebol, por exemplo, ao assinar seu primeiro contrato razoável trata de comprar um carrão. E com o carrão, sair a namorar.

Afirmar que as mulheres que rodeavam (e ainda rodeiam) Ronaldinho Gaúcho o fazem por amor, por admiração, é a hipocrisia maior. Ele é feio, chama a atenção pela feiúra. Então é preciso pagar. E essas mulheres não custam barato.

Até o humorista Fábio Rabin explicou essa teoria na base da brincadeira. Afirmou que a maioria dos políticos precisa mesmo roubar e ter muito dinheiro, porque essa maioria é feia, horrorosa. Citou Nestor Cerveró e Gedel Vieira. Um mais feio que o outro. E explicou – sexo com eles, só pagando, e bem. É a pura verdade.

Muita gente vai ficar com pena de Ronaldinho Gaúcho, lembrar o que ele já fez pelo país. Como muita gente ficou com pena de Garrincha e Wilza Carla. Outra hipocrisia. Quando estavam atolados no dinheiro não se lembraram de estender a mão a ninguém. Não pensaram no dia de amanhã. Não entenderam que o dinheiro é uma espécie de deus com pés de barro. E que esse dinheiro uma hora acaba.

Ir à TV, chorar, se lamentar só faz brotar lágrimas de crocodilo. Outros ex-jogadores, outras ex-atrizes, hoje são exemplos de boas práticas. Jogadores que se tornaram técnicos, como Cuca, Renato Gaúcho ou Luiz Felipe Scolari. Atrizes que entenderam que sua beleza chegava ao fim e se tornaram diretoras. Ou atores, como Clint Eastwood, um galã em décadas passadas, hoje um dos melhores diretores de cinema.

Não dá para ter pena. Talvez só um sórdido sentimento de vingança. Não dá para brigar com o dinheiro – ele sempre ganha.

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