Uma pesquisa do Procon de Jundiaí aponta que a variação de preços entre os medicamentos pode ser muito diferente. De uma farmácia para outra, o mesmo remédio pode custar até quatro vezes mais, segundo o levantamento.
Aproximadamente 60 medicamentos foram pesquisados e comparados em oito farmácias, dentre eles estão remédios para dor de cabeça, pressão alta, anti-inflamatórios e medicamentos para diabetes, os que são mais pedidos nos balcões.
De acordo com a pesquisa, a diferença de preço se dá muitas vezes na mudança dos preços de fornecedor para fornecedor e, consequentemente, altera o preço final do consumidor.
Os valores dos medicamentos não podem passar o teto máximo, estipulado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além de pesquisar no Procon, o cliente também pode denunciar em caso de preços abusivos.
Uma caixa com 30 comprimidos de um remédio genérico para diabetes pode ser encontrada de R$ 1,67 até R$ 7,41, o que representa 343% de diferença. Já um medicamento genérico para pressão alta é vendido, em algumas farmácias, a R$ 1,25 e em outras a R$ 4,10, ou seja, 228% de diferença.
A variação de preços também foi observada nos medicamentos não genéricos, revelando mais de 40% de diferença nos anti-inflamatórios e nos antialérgicos.
“Nós negociamos com as distribuidoras para conseguir passar um preço final melhor para os clientes”, comenta o gerente de farmácia Eduardo Pacheco.
A educadora Sylvia Helena Barros de Oliveira e o marido, juntos, tomam sete tipos diferentes de medicamentos, para controle de pressão alta e para diabetes. Com isso, a conta da farmácia, muitas vezes, chega a R$ 1.200, fazendo com que o casal pesquise diariamente por preços mais baixos em diferentes farmácias.
Segundo o responsável pelo Procon de Jundiaí, Adilton Garcia, o consumidor pode pesquisar pelo site da Anvisa os tetos máximos dos preços dos medicamentos. “Qualquer farmácia que venha exceder o preço, o cliente pode realizar uma denúncia no site do Procon (https://procon.jundiai.sp.gov.br/formas-de-atendimento/) ou no site da Anvisa (http://portal.anvisa.gov.br/denuncias), onde o estabelecimento pode ser autuado”, conta.
