Silvio Santos deixou de ser unanimidade. Arrumou alguns críticos para lhe dar rótulos nada amáveis. Sexista, machista – tudo por causa das brincadeiras que faz em seu programa. Alguns de seus críticos citam artigos do Código Penal para espinafrar o dono do SBT. No fundo, deve ser inveja. Ou vontade de aparecer às custas de quem tem fama.
Com quase 90 anos, SS está com o f*#@-se ligado faz tempo. E ele pode. É idoso, admirado, dono de uma das maiores redes de TV do País. Como empresário, caso único. De camelô a dono de TV construiu a vida com sua voz e seu tino para negócios – Senor Abravanel, seu nome de batismo, é filho dos dois povos mais comerciantes do mundo – gregos e turcos.
Em público, sempre brincou com convidados e funcionários. E não há ex-funcionário que fale mal do patrão, o que seria compreensível se se sentissem ofendidos. Nem os atuais se ofendem. Se ofendidos, certamente não voltariam para o palco e sairiam por aí falando cobras e lagartos de SS.
Mas é gente fora do meio que critica SS. Advogada, que o considera machista. Outra advogada, que o chamou de sexista. O público gosta das brincadeiras – basta conferir a audiência. E o progrma não muda sua fórmula há décadas.
Para os críticos, nada do que ele faz é normal. Normais para tais críticos, são o beijo gay, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a liberação de todos os tipos de drogas, a apologia à liberdade sexual total. Normal é a poligamia; ou o incesto. Silvio Santos está fora desse mundo apodrecido. É extravagante ao seu modo.
Tem direito a isso. Vendia canetas e lâminas de barbear nas barcas que faziam a travessia Rio-Niterói. Foi soldado – serviu como paraquedista. Ganhou de Manoel de Nóbrega o apelido de Peru que fala. Com Nóbrega, foi para o rádio e fez crescer o Baú da Felicidade, criado por Nóbrega. Acabou herdando o negócio. Lançou o Jogo do Milhão quando os computadores se tornaram populares. Foi um dos mais vendidos da história.
Se arriscou, alugando horários na TV, inclusive a tarde inteira dos domingos da Globo, e no rádio. Conseguiu concessões de TV e cresceu mais ainda. Tmultuou o processo eleitoral em 1989 quando se lançou candidato à Presidência da República. Desistiu a tempo.
Mesmo fazendo o tipo galã, nunca escondeu que era casado e que tinha filhas. Algumas hoje assumiram funções dentro da rede. Nem a toda poderosa Globo conseguiu atrapalhar seus negócios – a Globo teve uma loteria parecida com a Tele Sena. A loteria da Globo faliu, a Tele Sena está mais que viva. Há quem considere esse jogo mais honesto que os da Caixa.
As primeiras gerações que viram Silvio Santos envelheceram e continuam fiéis. As novas aprenderam com as mais velhas a mesma fidelidade – basta ver seu público nas noites de domingo. Silvio Santos encantou e continua encantando milhões de brasileiros. Não serão alguns críticos que irão derrubá-lo.
SS vai continuar brincando com tudo o que tem direito. Com as roupas de seus convidados – principalmente mulheres. Vai continuar dizendo que não vai abraçar Anitta porque fica excitado. Vai continuar perguntando à apresentadora Maysa quando terá um corpão de mulher. O público se diverte. SS se diverte. Esses críticos vão chorar na cama, que lá é lugar quente.
