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quinta-feira, 25 abril, 2024

Este homem fabrica dez mil litros de sorvete por dia

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Uma pequena sorveteria, fundada há 30 anos em Francisco Morato, transformou-se numa das principais fábricas de sorvetes do estado. Foi mais longe – passou a fornecer, a partir de outra fábrica, no Paraná, matéria prima para sorveterias de todo o Brasil e já tem planos para exportar. O sucesso da empreitada se deve aos irmãos Rogério e Ronaldo, hoje vistos como exemplo de união familiar e empresarial.

Construção da primeira sorveteria La Frione

Rogério está com 52 anos, é casado com Lílian e tem dois filhos, José Augusto e Lívia. Nasceu em Morato, mas aos sete anos mudou-se com a família para Atibaia. Retornou dez anos depois e montou uma pequena sorveteria com o irmão. E durante cinco anos revendeu sorvetes da marca Frimone, feitos em Atibaia.

Aos 22 anos resolveu que era hora de ter fabricação própria. Lançou outra marca, a La Frione, mas não abandonou o varejo. O negócio cresceu. “Hoje nosso sorvete é distribuído em todas as cidades da região, principalmente na própria cidade de Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras, Várzea e Campo Limpo Paulista”, afirma Rogério.

São dez mil litros de sorvete por dia

E não só sorveterias comercializam o La Frione. A fábrica fornece sorvetes – que são servidos como sobremesas – para cozinhas industriais e empresas como a Natura, Krupp, Embraer e Mercedes Benz. “É um processo rigoroso, conta Rogério. Antes de fecharmos contrato, a empresa manda suas nutricionistas visitar nossa fábrica, verificar todas as condições de preparo e só depois aprovam nossa entrada em suas cozinhas”.

A fábrica de Morato existe desde 1986, e hoje emprega 60 funcionários – número que pode chegar a 75 na temporada de verão, com a contratação de temporários. O negócio cresceu com a fundação de outra fábrica, no Paraná, de preparados de frutas para sorvetes, vendidos em todo o Brasil. “No Paraná empregamos 30 colaboradores, conta Rogério. Temos uma produção que atende o mercado brasileiro, mas pretendemos exportar. Condições, nós temos”.

Espaçosa, a La Frione é referência em Morato

Para quem teve um começo difícil, as fábricas são provas que com trabalho e honestidade é possível superar todos os obstáculos. Rogério perdeu a mãe quando tinha 15 anos (ela morreu aos 39 anos) e o pai aos 22 (que também morreu novo, aos 47 anos). Mas conta que a família tem tradição de longevidade – sua avó materna completou 100 anos em julho, e sua avó paterna morreu aos 95 anos.

Para Rogério, a vida não é somente buscar o lucro. Evangélico, participa de programas sociais em Jundiaí e Francisco Morato. “Todos nós temos o dever de auxiliar o próximo em dificuldades, diz ele. Se Deus nos proporciona algum conforto, podemos dividi-lo com outros, que precisam de uma mão e uma palavra amiga”.

Ação social da La Frione no final dos anos 80

Com valores familiares arraigados, Rogério fica o maior tempo possível com a esposa e filhos. NOs fins de semana, acompanha José Augusto, agora com 13 anos, em seus treinos da escolinha de futebol – o menino joga nas categorias de base do Corinthians. Com o irmão Ronaldo, com quem divide a administração dos negócios, a convivência tornou-se exemplo.

“Nunca, em todo esse tempo, levantamos a voz, nunca discutimos. Já ouvi de outros empresários que somos exemplo de união familiar”, finaliza. Só para constar: os funcionários da fábrica de Morato podem consumir quantos sorvetes quiserem sem precisar pagar.

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