O padre Robson de Oliveira Pereira, fundador e presidente da Associação Filhos do Pai Eterno Afipe e reitor da Basílica de Tridande (Goiás) é acusado de desviar até R$ 2 bilhões em dizimo, doações e recursos da igreja católica.
Assim, por conta destas suspeitas o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deflagrou na sexta-feira (21) uma operação para apurar as supostas irregularidades.
No total foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, inclusive, em imóveis luxuosos ligados ao padre Robson de Oliveira Pereira.
A operação foi batizada como “Vendilhões”, além dos mandados determinou o bloqueio de R$ 60 milhões em bens da Afipe e demais associações ligadas a ela. Participam da operação 20 promotores de Justiça, mais de 50 servidores do MP-GO, quatro delegados, oito agentes e mais de 60 policiais militares.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Robson criou “várias associações com nome de fantasia Afipe ou similar, com a mesma finalidade, endereço e nome” e, por meio delas, teria recebido cerca de R$ 2 bilhões para supostas obras na Basílica de Trindade.
Porém, “constatou-se que os gastos de boa parte das doações não tinha vínculo com questões religiosas, mas com outros negócios, como a compra de imóveis, propriedades rurais, cabeças de gado e emissoras de rádio”, diz o MP.
Tanto o Padre quanto a Basílica negam as irregularidades e declararam que vão colaborar com o Ministério Público. O MP, por sua vez, pediu a prisão do Padre e de outras pessoas ligadas ao caso.
