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sexta-feira, 3 janeiro, 2025

Às vésperas da Black Friday, funcionários dos Correios “cruzam os braços” em quatro Estados

Após especulações sobre uma possível greve pouco antes da Black Friday, os Correios esclareceram nesta quarta-feira, 22, que suas operações estão ocorrendo regularmente, sem qualquer interrupção. A empresa assegura que todos os funcionários estão presentes, todas as agências permanecem abertas, e todos os serviços estão disponíveis.

Embora cinco dos 36 sindicatos dos Correios estejam conduzindo assembleias nos próximos dias para deliberar sobre a possibilidade de uma paralisação parcial, a empresa adotou medidas preventivas para manter a normalidade dos serviços, caso esses sindicatos optem pela paralisação.

Entre essas medidas, estão a contratação de mão de obra terceirizada, a realização de horas extras, o deslocamento de funcionários entre as unidades e o suporte de pessoal administrativo, conforme destacado pela companhia.

Anteriormente, trabalhadores das filiais localizadas em São Paulo, Bauru, Rio de Janeiro e Maranhão, representados pela federação Findect, submeteram à votação uma proposta de deflagração de greve por tempo indeterminado, a partir da véspera da Black Friday. O sindicato dos Correios em Tocantins já havia dado seu aval para a paralisação.

As assembleias para a aprovação da greve estão programadas para ocorrer a partir desta quarta-feira, 22, e a mobilização planejada terá início às 22h. A Federação destacou que a proposta de greve surgiu devido à recusa dos Correios em resolver questões relacionadas à assinatura do acordo coletivo.

“Nos últimos 50 dias, a Federação buscou incessantemente o diálogo com a direção da empresa para corrigir as 26 inconsistências identificadas antes da assinatura do acordo coletivo. Infelizmente, a resposta da direção, presidida por Fabiano Silva, foi inerte e, por vezes, parecia pertencer a um mundo onírico, alinhando-se a uma política que prejudica nossa categoria.

Durante esse período de negociação, ficou evidente que algumas direções sindicais aprovaram o acordo sem analisar minuciosamente seu conteúdo, permitindo que 26 inconsistências persistissem. Uma dessas questões cruciais é a não incorporação dos R$ 250 ao salário base, configurando um golpe financeiro direto contra os trabalhadores”, argumentou a Findect.

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