Sem acordo com o sindicato, as empresas de ônibus urbano de Jundiaí poderão enfrentar uma greve geral, e por tempo indefinido, a partir da próxima segunda-feira. Em assembleia realizada na terça-feira, os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa, de aumento de 6% em seus salários.
E assim já começou a “guerra” de informações. Ainda ontem a Transurb, que representa as empresas, emitiu comunicado, cuja íntegra é a seguinte:
“Informamos que até o presente momento a empresa não foi notificada formalmente de qualquer movimento de paralisação do transporte na cidade de Jundiaí, sendo que, apenas, houve notícia de que a contraproposta de aumento salarial enviada à categoria foi rejeitada em segunda assembleia, realizada na data de hoje.
A pauta inicial apresentada pelos trabalhadores era de 13,5% de aumento salarial.
A empresa ofereceu, em sua segunda proposta, apresentada na data de hoje, aumento de 19% no PLR, 15% nos benefícios e 6% sobre os salários, que combinados oferecem ao final 11% de reajuste à categoria.
Tal qual se deu na primeira assembleia, sem qualquer justificativa, os trabalhadores optaram por não fazer nenhuma contraproposta à empresa.
Como este desfecho não atende os princípios básicos das negociações coletivas, acrescido do fato de que o reajuste proposto pela empresa suplanta em muito qualquer índice inflacionário do período, tratando-se do maior de 2024 oferecido a todas as categorias dentro de Jundiaí, a empresa se manterá disposta a negociar, dentro dos limites legais e critérios econômico-financeiros aplicáveis.
A empresa adotará desde já as medidas judiciais necessárias para evitar a paralisação dos serviços e o consequente prejuízo aos usuários, bem como, para que, outros interesses, estranhos à negociação coletiva propriamente dita, interfiram nas tratativas, que deve buscar, tão somente, a melhoria salarial dos trabalhadores”.
Novas assembleias estão sendo marcadas pelo sindicato, e se de fato não houver acordo, na segunda-feira os ônibus ficam nas garagens.
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