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domingo, 29 dezembro, 2024

Promotoria investiga compra de votos para Mayara Regina

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Segunda candidata mais votada para a Câmara de Várzea Paulista (1.872 votos), Mayara Regina está sob investigação da Promotoria Pública da cidade, em razão de uma denúncia de possível compra de votos nas eleições de seis de outubro passado. Mayara disputou as eleições pelo PSD. É filha de Mauro Aparecido da Silva, vereador cassado (com sentença transitada em julgado) por nomear funcionário fantasma na Câmara. Mauro também foi condenado a devolver o dinheiro – quantia que pode passar de R$ 250 mil atualizados.
A denúncia da possível compra de votos foi feita por Luiz Antonio Costacurto. Segundo ele, no dia da votação, uma pessoa que estava dentro do veículo Renault Clio preto, de placas EDW-0929, passou dinheiro para outra pessoa, que estava no veículo Fiat Palio branco, de placas FCX-4598. O dinheiro seria para pagar a compra de votos em favor de Mayara.
Esse possível pagamento aconteceu em frente a Cemeb Juvelita Pereira da Silva, na Vila Real, que abrigava algumas sessões eleitorais. E o fato foi gravado pelas câmeras de segurança da escola. Também teria sido presenciado por uma funcionária do Cartório Eleitoral de Várzea Paulista.
A denúncia está nas mãos da 2ª promotora de Justiça de Várzea, Luciane Rodrigues Antunes. As imagens já foram requisitadas e testemunhas estão sendo ouvidas. Caso a compra de votos seja comprovada, Mayara terá seu registro cassado e não tomará posse, além de responder a processo na Justiça Eleitoral, uma vez que a compra de votos é tipificada como crime.

“Casos de família”
O episódio, já comentado em toda a cidade, está sendo chamado de “Casos de Família”, numa alusão ao programa de TV homônimo. O pai de Mayara Regina. Mauro Aparecido da Silva, vereador e duas vezes presidente da Câmara, foi cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), e apesar dos recursos, que chegaram ao STF, teve a sentença mantida, transitada em julgado.
Mauro nomeou João Manoel da Silva, em 2012, como seu assessor parlamentar. Ocorre que em juízo, João afirmou que nunca trabalhou na Câmara, mas que recebia de Mauro R$ 500 todos os meses, em troca de prestação de alguns serviços.
Por causa disso, João foi cassado e tornou-se inelegível por cinco anos, além de ter sido condenado a devolver todo o dinheiro no período em que João estava nomeado – pouco mais de um ano.
Com a sentença do STF, Mauro está proibido de prestar concurso público, de ser nomeado para qualquer função pública e também de fornecer ou prestar serviços a órgãos públicos. Neste ano, Mauro não concorreu à reeleição, e lançou sua filha, Mayara, candidata pelo PSD. Que agora, mesmo eleita, está envolvida num episódio de compra de votos.

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