A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou, por meio de análises realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz, a presença do norovírus em amostras de fezes coletadas em Guarujá e Praia Grande, na Baixada Santista. A descoberta ocorre em meio a um aumento expressivo de casos de virose na região, registrados desde as festas de fim de ano.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, o surto já afetou mais de 7.500 pessoas, sendo o Guarujá o município mais impactado, com mais de 2.000 atendimentos médicos. Praia Grande, Santos e outras cidades da região também registraram um alto número de casos, preocupando autoridades de saúde e gestores públicos.
O norovírus é altamente contagioso e pode ser transmitido por meio de alimentos ou água contaminados, além do contato direto com pessoas infectadas. Os principais sintomas incluem náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais, febre baixa e mal-estar, geralmente com duração de até três dias. Embora os sintomas sejam intensos, a recuperação costuma ser rápida em pessoas saudáveis, mas idosos, crianças e imunossuprimidos podem enfrentar complicações mais graves.
As autoridades investigam possíveis causas do surto. No Guarujá, a prefeitura notificou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) sobre possíveis vazamentos de esgoto clandestino no mar, o que pode ter contribuído para a contaminação. Além disso, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) está analisando a qualidade da água nas praias da região.
Para conter o avanço da virose, a Secretaria de Saúde orienta os moradores e turistas a adotarem medidas preventivas, como lavar bem as mãos e alimentos, evitar o consumo de água não tratada, e buscar atendimento médico caso apresentem sintomas.
O surto chama atenção para a necessidade de infraestrutura adequada de saneamento básico e controle da qualidade da água, especialmente em áreas turísticas que recebem grande número de visitantes, como a Baixada Santista.