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terça-feira, 11 fevereiro, 2025

Alterações climáticas podem fazer sensação térmica atingir 70ºC

Entre os dias 12 e 21 de fevereiro, uma forte onda de calor deve atingir principalmente as regiões Sudeste e Sul do Brasil, mas também afetará o Centro-Oeste e o Nordeste. Com as altas temperaturas, a sensação térmica nessas áreas pode atingir níveis alarmantes, gerando apreensão entre os moradores e as autoridades locais.

A previsão, com base na tabela de Climatologia Aplicada da Universidade de São Paulo (USP), aponta que as temperaturas reais podem ser muito mais altas do que a sensação térmica experimentada pela população. Esse cenário extremo levanta questões sobre a preparação das cidades para lidar com essas condições climáticas adversas.

Como funciona sensação térmica

A sensação térmica é um conceito que descreve como as pessoas percebem a temperatura ambiente, levando em consideração não só o calor, mas também a umidade relativa do ar. Essa combinação de fatores é calculada para oferecer uma medida mais precisa de como o corpo humano experimenta o calor. De acordo com Maria Clara Sassaki, especialista em clima da Tempo OK, a sensação térmica é determinada por uma fórmula que leva em conta a temperatura e a umidade, conforme informou a reportagem.

Para ilustrar, a tabela de Climatologia Aplicada da USP é uma ferramenta útil para calcular a sensação térmica. Ela leva em consideração diferentes níveis de temperatura e umidade, ajudando a prever como esses fatores climáticos podem ser mais intensos do que os números isolados indicam.

Regiões afetadas

Diversas capitais brasileiras estão sendo fortemente impactadas por essa onda de calor. Em Porto Alegre, por exemplo, as temperaturas podem alcançar 39°C, com umidade do ar próxima de 95%, resultando em uma sensação térmica de até 70°C, conforme a tabela mencionada. Em São Paulo, as máximas previstas entre 34°C e 35°C, com umidade em torno de 85%, podem gerar uma sensação térmica superior a 50°C.

O Rio de Janeiro também estará em alerta, com temperaturas podendo chegar a 39°C e umidade do ar atingindo 88% em alguns dias. Nessas condições, a sensação térmica pode ultrapassar 66°C, tornando o clima extremamente desafiador para aqueles que não possuem meios adequados de refrigeração.

Como impacta a vida diária

Uma elevação tão extrema na sensação térmica pode ter impactos significativos na saúde pública, nas infraestruturas urbanas e na rotina dos cidadãos. O calor intenso pode piorar condições de saúde preexistentes, como doenças cardiovasculares e respiratórias. Além disso, o aumento do uso de sistemas de ar condicionado pode sobrecarregar as redes elétricas, resultando em cortes de energia que ampliam ainda mais os riscos à saúde e ao bem-estar da população.

Enfrentar ondas de calor exige tanto ações imediatas quanto um planejamento a longo prazo. De forma urgente, as prefeituras devem orientar a população sobre a importância de se hidratar frequentemente, procurar locais frescos e evitar atividades físicas durante os picos de calor. Além disso, medidas como a abertura de centros de acolhimento e a distribuição de água potável são fundamentais para proteger a saúde da população.

Para o futuro, estratégias de urbanização mais sustentáveis, como a criação de parques e a implementação de coberturas vegetais em edificações, podem ajudar a mitigar os efeitos do calor intenso. Essas soluções visam não apenas lidar com emergências imediatas, mas também aumentar a resiliência das cidades diante das mudanças climáticas, tornando os ambientes urbanos mais adaptáveis e saudáveis.

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