O avião da Gol que colidiu com um veículo de manutenção durante a decolagem estava a 200 km/h no momento da batida. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Força Aérea Brasileira (Cenipa/FAB) está apurando as causas do incidente.
A concessionária responsável pelo aeroporto não explicou por que a picape estava na pista após a decolagem autorizada e não esclareceu se havia alguém no veículo no momento da colisão. O RIOgaleão se limitou a afirmar que “houve um incidente sem vítimas”.
A picape teve o teto praticamente arrancado, e imagens do Globocop mostram os danos no avião, enquanto funcionários da Gol verificam as avarias na fuselagem e no trem de pouso.
O Boeing 737 Max 8 foi transportado para o pátio de manutenção da United Airlines, uma área isolada dos terminais de passageiros, das vias de taxiamento e das pistas de decolagem e pouso.
Como aconteceu?
A aeronave PS-GPP, da Gol, seguia para Fortaleza e, por volta das 22h, recebeu autorização da torre para decolar. O piloto estava prestes a tirar o avião do chão quando todos a bordo sentiram um solavanco. Um carro da RIOgaleão, que estava na pista, foi atropelado pelo Boeing.
A concessionária confirmou o incidente e informou que ninguém ficou ferido, e a operação do terminal não foi afetada. A Gol disponibilizou um voo extra para Fortaleza para os passageiros que optaram por seguir viagem, enquanto os demais receberam assistência para acomodação, transporte e alimentação.
O procurador de justiça Átila de Oliveira, que estava a bordo e é residente do Ceará, relatou que o acidente ocorreu quando o avião estava em alta velocidade. “Pela minha percepção, estava bem próximo de decolar. Foi quando a gente sentiu um solavanco e um barulho. O piloto iniciou a frenagem, e ficou aquela apreensão para ver se ia dar tempo de frear até o fim da pista. Graças a Deus estamos vivos para contar a história”, afirmou.