publicidadespot_img
22.5 C
Jundiaí
sábado, 22 fevereiro, 2025

Compadre Washington é acusado de transfobia após constranger mulher trans

O cantor Compadre Washington está sendo acusado de transfobia após constranger uma mulher trans. O caso gerou repercussão nas redes sociais, com internautas criticando a atitude do artista. Até o momento, ele não se pronunciou sobre a polêmica.

Durante um show, Compadre Washington chamou uma fã ao palco e insistiu para que ela revelasse seu nome de registro, ignorando o nome social que ela havia apresentado. Nas imagens que circulam nas redes sociais, a jovem, que se identificou como “Realeza Kethellen, a única do leque”, foi pressionada diversas vezes até acabar cedendo e dizendo seu nome de batismo. A atitude do cantor gerou críticas e acusações de transfobia.

Após insistir para que uma fã trans revelasse seu nome de registro e afirmar “Aí, sim! Falou a verdade! Mentira tem perna curta”, Compadre Washington recebeu uma enxurrada de críticas nas redes sociais. Internautas classificaram a atitude como desnecessária e transfóbica. “Que babaquice”, comentou um usuário no X (antigo Twitter). “Pensar antes de falar… Ele foi muito desnecessário”, escreveu outro no Instagram.

Diante da repercussão negativa, o cantor se manifestou nas redes sociais por meio de um vídeo. “Pessoal, vocês que me conhecem sabem que sou um cara animado, bem para frente, bem feliz, mas vim falar uma coisa séria. Quero me desculpar”, declarou.

Ele reconheceu que “passou do tom” e afirmou que brincadeiras como essa “não existem mais no mundo de hoje, porque o mundo evoluiu”. No fim, fez um pedido direto de desculpas à fã: “Vim pedir desculpas à Kethellen e a todas as pessoas que se sentiram incomodadas. Desculpa aí”.

O nome social é um direito previsto por lei que assegura o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais. Ele permite que indivíduos utilizem o nome pelo qual se identificam, sem a necessidade de alterar o registro civil.

“O nome social é o nome que se adota, mas não muda o registro civil. Por exemplo, se a pessoa nasceu João da Silva e escolhe ser chamada de Maria da Silva, usa este nome, mas não altera a certidão de nascimento”, explicou a advogada Amanda Souto Baliza, primeira mulher trans a solicitar a retificação do registro profissional na OAB de Goiás.

A possibilidade de alterar o nome no registro de nascimento sem a necessidade de ação judicial só foi autorizada no Brasil em 2018, garantindo mais autonomia às pessoas trans no reconhecimento oficial de sua identidade.

SUGESTÃO DE PAUTAS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADEspot_img
publicidadespot_img

Deixe uma resposta