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segunda-feira, 31 março, 2025

IPCA-15 revela alta de quase 20% no preço do ovo em março

O preço do ovo teve um aumento de 19,44% nos supermercados na prévia da inflação de março, em comparação a fevereiro, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, o preço já subiu 25,88%.

O IPCA-15 considera a variação de preços do período que vai de 16 do mês anterior até 15 do mês da divulgação.

Especialistas apontam que o aumento é impulsionado pelos altos custos do milho, pelo calor intenso e pela maior demanda durante a Quaresma, período que antecede a Páscoa.

De acordo com produtores, o preço do ovo deve se normalizar até o fim da Quaresma. Durante esse período, muitos católicos reduzem o consumo de carne vermelha, o que eleva a demanda por ovos. No entanto, um economista alerta que essa forte demanda pode persistir mesmo após a Quaresma.

Possíveis causas

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) explica que é comum o aumento no preço do ovo antes e durante a Quaresma, pois nesse período há uma substituição do consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e ovos.

Tabatha Lacerda, diretora administrativa do Instituto Ovos Brasil (IOB), afirmou que o aumento no preço dos ovos antes da Quaresma é um fenômeno comum, mas a alta chegou um pouco antes do esperado. “O efeito da Quaresma demora um pouco para aparecer, então foi uma surpresa”, comenta ela.

O IOB é uma organização sem fins lucrativos mantida por empresas e associações do setor.

A alta no preço registrada em fevereiro resultou em uma pequena retração nas vendas de ovos no atacado, conforme informado pelo Cepea. No Espírito Santo, por exemplo, a redução nas negociações gerou pressão para descontos, mas a instituição acredita que a demanda aumentará novamente devido à Quaresma, o que pode evitar uma queda significativa nos preços.

De acordo com a diretora do IOB, um dos principais fatores por trás da alta recente é o aumento nos custos de produção. “O milho, por exemplo, já subiu 30% desde julho de 2024. E a alimentação das galinhas é feita, basicamente, com milho”, explica Tabatha.

Em nota, a ABPA acrescentou que o custo com embalagens aumentou mais de 100% nos últimos oito meses e que as temperaturas históricas têm impacto direto na produtividade das aves.

O Cepea também aponta que a baixa disponibilidade de ovos no mercado contribuiu para o encarecimento.

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