O governo da Itália anunciou mudanças na concessão da cidadania por descendência. A nova regra, que visa principalmente descendentes de brasileiros e argentinos, mantém o direito pelo princípio do jus sanguinis, mas restringe o reconhecimento automático apenas até a segunda geração — ou seja, filhos e netos de italianos.
Segundo o governo, a medida tem como objetivo combater fraudes e priorizar quem possui vínculos reais com o país. Outra mudança significativa é a centralização do processo de solicitação em um órgão em Roma, retirando a responsabilidade dos consulados.
Haverá um prazo de transição, e italianos no exterior deverão comprovar relações com a Itália de forma periódica. A reforma ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento, mas conta com amplo apoio da maioria do governo, o que deve facilitar sua validação.
A proposta surgiu em meio ao crescimento expressivo de pedidos de cidadania italiana — a demanda quase dobrou nos últimos dois anos. Com as novas regras, a expectativa é reduzir a sobrecarga dos serviços consulares e assegurar maior controle nos processos.