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domingo, 9 março, 2025

Palmeiras quer Cerro fora da Libertadores e ameaça ir à FIFA

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, anunciou que pedirá à Conmebol a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20 devido a uma polêmica envolvendo o clube paraguaio. Leila também ameaçou recorrer à FIFA caso não haja punição por parte da confederação sul-americana.

O pedido será feito devido aos episódios de racismo enfrentados pelos jogadores do Palmeiras durante a partida do torneio realizada nesta quinta-feira (6), no Paraguai. Torcedores do Cerro insultaram Figueiredo e Luighi com ofensas racistas, chamando-os de “macacos”.

“Nós vamos até as últimas instâncias para garantir que o Cerro Porteño, os responsáveis pelo racismo e os criminosos envolvidos, que foram três ou quatro, sejam punidos de forma exemplar. Inclusive, vamos solicitar a exclusão do Cerro Porteño da competição, pois não é a primeira vez que esse clube agride nossos atletas e torcedores”, declarou a presidente do Palmeiras nesta sexta-feira (7), pouco antes da apresentação do novo reforço, Vitor Roque.

Leila Pereira também revelou que tentou entrar em contato com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, mas não obteve êxito na comunicação. Ela afirmou ainda que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se colocou à disposição do Palmeiras para ajudar na resolução do caso.

“Eu não estava no Paraguai, estava assistindo pela TV. Após o pronunciamento do Luighi, liguei para ele, conversei com o atleta e com o João Paulo [Sampaio, coordenador da base do Palmeiras]. Parabenizei o Luighi pela força e coragem com que ele se posicionou e falou. O Luighi chamou a atenção do árbitro, que viu a situação. Inclusive, ele não seguiu uma determinação da Fifa, que é interromper o jogo, prender o criminoso e continuar a partida. Após o jogo, fomos buscar as autoridades e o policial, ao falar com o nosso diretor de futebol, disse que aquilo era normal, uma brincadeira”, continuou Leila.

O caso

O crime ocorreu durante a vitória do Palmeiras sobre o Cerro Porteño, por 3 a 0, na Libertadores Sub-20, aos 36 minutos do segundo tempo.

Ao deixar o campo após ser substituído, Figueiredo foi alvo de um torcedor que fez gestos imitando um macaco em direção ao jogador brasileiro. Luighi, que também foi substituído, teve o mesmo tipo de ofensa, sendo chamado de macaco pelos torcedores presentes.

O atacante, então, alertou o árbitro da partida sobre a situação, mas o juiz Augusto Menendez ignorou a denúncia e permitiu que o jogo seguisse normalmente.

O que disse Luighi

Após a partida no Paraguai, o atacante palmeirense Luighi se manifestou nas redes sociais.

“Dói na alma. E é a mesma dor que todos os negros sentiram ao longo da história, porque as coisas evoluem, mas nunca são 100% resolvidas. O episódio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado pelo que realmente é: um crime. Até quando? Essa é a pergunta que espero não precisar fazer em algum momento. Por enquanto, seguimos lutando”, escreveu o jogador em sua publicação no Instagram.

Cerro Porteño emite nota

Na manhã desta sexta-feira, o Cerro Porteño, clube mandante do confronto contra o Palmeiras pela competição sub-20, emitiu um comunicado lamentando o episódio, mas sem apresentar ações concretas em relação aos torcedores responsáveis pelos atos racistas.

“O Cerro Porteño manifesta seu total repúdio a qualquer ato de racismo, xenofobia e discriminação. Ao mesmo tempo, solicitamos o apoio de todos os envolvidos no futebol e da sociedade para promover um ambiente saudável e livre de atos que causam danos e mancham a celebração do esporte”, afirmou o clube em um comunicado oficial publicado nas redes sociais.

“Nossa total solidariedade ao jogador Luighi. Reafirmamos que nossa instituição condena com veemência qualquer conduta discriminatória e comentários ofensivos em todos os âmbitos do futebol e da sociedade. Vamos zelar pela festa do futebol”, concluiu o Cerro.

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