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quarta-feira, 19 março, 2025

Pescador come barata para sobreviver 95 dias em alto mar

O pescador peruano resgatado após 95 dias à deriva no mar afirmou à reportagem que sua fé e o desejo de reencontrar sua família foram essenciais para sua sobrevivência — além de uma dieta improvável, que incluiu baratas, pássaros, peixes e, ocasionalmente, uma tartaruga.

Máximo Napa Castro, conhecido como Gatón, contou em entrevista à CNN que sua fé em Deus e o amor por sua família foram fundamentais para sua sobrevivência. “Falei com Ele por muitos dias, deixando claro o quanto minha mãe, meu irmão e meus filhos eram importantes para mim”, revelou ao repórter Jimena De La Quintana.

Manter a esperança, no entanto, não foi fácil. Em certos momentos, ele chegou a pensar em desistir da própria vida. “Peguei uma faca três vezes porque não aguentava mais”, admitiu. “Mas disse a mim mesmo: ‘Calma, Gatón. Você consegue. Você consegue’.”

Ele partiu para o mar com suprimentos suficientes para um mês, planejando retornar à terra firme após 30 dias. No entanto, quando o motor de seu barco falhou, todas as tentativas de consertá-lo foram em vão, deixando-o à deriva por 95 dias.

A partir desse momento, Gatón percebeu que precisava racionar ao máximo os poucos mantimentos que ainda tinha, na esperança de ser encontrado antes que tudo acabasse. No entanto, após mais um mês à deriva, a comida terminou, e ele precisou recorrer a medidas extremas para sobreviver.

“Depois de janeiro e fevereiro, comecei a comer baratas, pássaros e diferentes tipos de peixes que, por acaso, pulavam no barco”, relatou.

Ele contou que, para conseguir os pássaros, precisava caçá-los no meio da noite. Por volta de uma ou duas da manhã, eles se empoleiravam no barco e adormeciam. Quando isso acontecia, ele se aproximava com um porrete, se esgueirava por trás deles e, com um golpe rápido, os pegava.

“Eu não queria fazer isso, mas não tive escolha. Era minha vida”, afirmou.

Em um momento desesperador, Gatón teve que caçar uma tartaruga, não pela carne, mas pelo sangue, já que não tinha mais nada para beber.

No entanto, a esperança finalmente surgiu. Ele estava prestes a dormir dentro do seu barco quando, cerca de 30 minutos depois, ouviu uma voz alta gritando seu apelido: “Gatón!”

Era um socorrista a bordo de um helicóptero, que veio em seu resgate.

“Foi quando eu disse (a Deus): Você conseguiu! Você conseguiu!”, exclamou Gatón, emocionado.

As pessoas a bordo do helicóptero gesticularam para ele, indicando que outro barco chegaria em breve para levá-lo de volta para casa.

Cerca de uma hora depois, quando a noite caiu, ele finalmente avistou as luzes do barco. Estava indo para casa.

“Foi algo sensacional”, declarou, aliviado e grato.

Após os 95 dias excruciantes à deriva, Gatón agora revela ter uma nova apreciação pela vida.

“Vou contar minha história para o mundo todo, para que todos saibam que Deus é tudo nessa vida. Precisamos colocar a mão no peito, nos encher de amor e dar amor. É disso que a gente precisa aqui na Terra”, disse com gratidão e esperança renovada.

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