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sábado, 29 março, 2025

Pesquisa mostra que mulheres ainda encontram desafios para dirigir

A Localiza&Co revela novos insights de seu estudo “Mobilidade Através das Gerações”. O levantamento, realizado entre abril e junho de 2024, com 1.600 brasileiros de todas as regiões do país, acima de 18 anos, em um painel oferecido pela Offerwise, traz informações sobre como os brasileiros se relacionam com o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), documento obrigatório para quem desejar dirigir um carro em território nacional.
Levando em consideração o recorte de gênero, verificou-se que, mesmo sendo a maioria entre os respondentes (53% do total), menos da metade das mulheres participantes declararam ter CNH e utilizar com frequência (37,81%). Em comparação aos homens, 55,39% assinalaram a mesma resposta. Já entre aqueles que indicaram ter CNH mas não utilizam no seu dia a dia, os grupos se mostraram próximos: 23,19% do público feminino e 23,03% do masculino, reforçando que possíveis fatores que dificultam o engajamento no uso da CNH podem afetar mais mulheres do que homens.
Quando questionadas sobre motivos para não utilizar a CNH nas suas rotinas, o principal motivo foi “não é necessário na minha rotina atual” (30,8%), seguido de “medo ou receio de dirigir” (23,6%). Um terceiro motivo é não possuir carro próprio (19%). Para se ter ideia, quando questionados sobre porque não dirigem com frequência, o público masculino indicou a principal razão como não possuir carro próprio (39,4%), seguido de “não é necessário na minha rotina atual” (24,6%) e “prefiro utilizar outros meios de transporte” (20%). Medo de dirigir, para eles, é somente o quarto colocado, com apenas 6,3% dos respondentes.
O estudo ainda revela que, entre os não habilitados, elas são tanto as mais interessadas em passar pelo processo de obtenção da licença (31,63% versus 16,05%) quanto também as que não possuem intenção de dirigir algum dia (7,37%, contra 5,53% dos homens). No caso de motivos para não quererem conquistar a CNH, o medo de dirigir, entre as mulheres, é mais proeminente – quase metade alegam ser essa a razão principal (46,8%) e mais que o dobro que a segunda colocada “não é necessário na minha rotina atual” (22,6%), o que indica como os aspectos do trânsito brasileiro ainda impactam fortemente esse público. Entre os homens que não querem se habilitar, o medo de dirigir também é o principal motivo (35,7%), mas com diferença menor entre o segundo colocado “não é necessário na minha atual rotina” (21,4%).
Entre aqueles que já possuem a CNH, a geração X (nascidos entre 1961-1981) é a mais engajada no uso do documento, com 52% dos respondentes informando que não só são habilitados, como também a usam com frequência. Os Baby Boomers (nascidos entre 1945-1960) vêm logo na sequência, com 51% declarando que possuem a licença e a utilizam cotidianamente. Porém, mesmo sendo maioria entre os motoristas, os BB e Geração X também concentram a maior parcela entre aqueles que até já passaram pelo processo de obtenção de CNH, mas não a utilizam – em ambas as faixas, 26% declararam não dirigir no dia a dia.
Entre os mais jovens, das gerações Y (1982-1997) e Z (1998-2009), a situação é inversa. Cerca de 42% dos millenials respondentes já são habilitados e dirigem de forma frequente, enquanto a GenZ aparece com o menor número de motoristas cotidianos: 38%. Os dois grupos etários também concentram a menor parcela entre aqueles que já tiraram a CNH mas não costumam usar o documento: 21% da Geração Y não dirigem no dia a dia, enquanto 18% da Z seguem por esse caminho, reforçando o quanto esses grupos, quando habilitados a dirigir, gostam de aproveitar a licença para usar o carro.
Quando questionados sobre por que possuem CNH, mas não utilizam tanto quanto poderiam, o motivo mais apontado é exatamente a falta de um carro próprio, representando 29% do total de respondentes. A parcela é ainda maior entre os mais jovens, com 41% dos entrevistados desse grupo indicando que não ter um carro próprio desmotiva os motoristas a assumirem o volante no cotidiano. Em segundo e terceiro lugar entre motivos para não dirigir rotineiramente, os participantes apontam que não vêem necessidade desse hábito e preferência por outros meios de transporte, com 28% e 19%, respectivamente. Medo ou receio de dirigir é apenas o quarto motivo apontado pelas gerações, com 15% do total de entrevistados – a mais afetada, nesse caso, é a millenial, representando 25% do grupo.
Já entre os não habilitados, a diferença de comportamento entre as gerações se torna mais acentuada. 15% dos Baby Boomers e 6% da Geração X consultados afirmaram não ter o documento e não possuem qualquer interesse em passar pelo processo de obtenção. Entre os mais velhos, inclusive, também está o menor número de interessados em adquirir a autorização: somente 8% pretendem encarar a jornada em algum momento. A GenZ, por sua vez, é a mais engajada na intenção de obtenção da Carteira: 41% dos entrevistados não habilitados desse grupo planejam iniciar o processo no futuro, com somente 3% respondendo que não desejam a CNH. Entre a geração Y o movimento é similar, com 32% dos respondentes desejando tirar a carta versus 4% desinteressados em assumir um volante.
Quando questionados sobre as razões para não querer tirar a carteira de motorista, os grupos apontaram medo de dirigir como principal motivo: 42% do total. O receio em controlar um carro é mais forte na geração Y, com 54% do grupo de não habilitados e sem interesse pelo documento admitindo ser essa a principal motivação. A geração X vem na sequência, com 48%. Entre os Baby Boomers, o grupo mais desinteressado em buscar formas de obter a CNH, o principal motivo é preferência por outros meios de transporte (24%). O custo do processo não é um fator relevante para as gerações, com apenas 5% do total de entrevistados apontando esse motivo como a razão para não tirarem a carta.
O estudo possui uma margem de erro de 2,5% e um índice de confiança de 95%, garantindo representatividade em termos de idade, gênero, região e classe social. Com insights detalhados sobre o comportamento e as percepções das diferentes gerações, o relatório oferece um panorama valioso sobre as tendências que moldam o futuro da mobilidade no Brasil.

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