O trabalho de um servidor público vai além das funções do cargo que exerce. O profissional também tem a responsabilidade de guardar e preservar a história do município onde atua. Em Várzea Paulista, o fotógrafo da Prefeitura, Nilson Cologni, desempenha essa função com maestria. Além de promover os registros fotográficos da cidade, ele tem uma verdadeira paixão por resgatar imagens antigas do município.
Esse trabalho teve início em 2018, na celebração dos 53 anos de emancipação de Várzea Paulista. “Fizemos um trabalho muito interessante por meio das fotografias e do contato com a população nas redes sociais. Conseguimos resgatar muitas histórias da cidade e de seus primeiros moradores”, conta o fotógrafo.
Com a chegada dos 60 anos de emancipação, a vontade de dar continuidade ao trabalho de resgate histórico voltou. “Pesquisando na internet, encontrei algumas fotos antigas da cidade, a maioria do final da década de 1970 para 1980. Dessa vez, resolvi fazer um comparativo entre passado e presente, fotografando os mesmos locais nos dias de hoje”, explica Nilson. “Com isso, conseguimos observar pontos marcantes da cidade que refletem o crescimento de Várzea Paulista, como o desenvolvimento da Avenida Fernão Dias Paes Leme, que antes tinha pouco comércio, ou da Avenida Bertioga, que era de terra e contava com apenas duas casas”, ressalta o fotógrafo.
Para refazer as fotografias, o profissional buscou pontos de referência marcantes de Várzea Paulista. “Procurei comércio, alguma edificação ou até a própria igreja que norteava o horizonte e fui fazendo esse comparativo. Não consegui captar exatamente o mesmo ângulo em todas as imagens, devido a questões técnicas do filme e às mudanças no horizonte, que está completamente diferente, com alguns espaços ocupados atualmente”, explica.
Segundo o fotógrafo, seu maior intuito com esse trabalho de resgate histórico é trazer à tona as lembranças do cidadão varzino. “Espero que as pessoas vejam essas fotografias e se recordem de que costumavam andar por aquele local, que tenham memórias de quando o lugar era daquele jeito, lembrando um momento da história da cidade para que ela possa ser conhecida e preservada”, destaca. “No final, o que fica são as fotografias, essa imagem eternizada — antes no papel e hoje nas mídias digitais — acessando um número infinito de pessoas”, finaliza Cologni.