O segmento de vendas físicas de música no Brasil cresceu 31,5% em 2024, atingindo o nível de 2017, segundo o relatório “Mercado Brasileiro de Música”, produzido pela Pro-Música e divulgado nesta quarta-feira (19). O aumento foi impulsionado principalmente pelo retorno do vinil, que dominou o setor, representando 76,7% do faturamento no ano passado.
O vinil, que já havia superado o CD em 2023, consolidou sua liderança no faturamento do segmento de música física em 2024, ampliando sua participação para 76,7%, enquanto o CD ficou com apenas 23% das vendas.
No total, o mercado de música no Brasil registrou um crescimento de 22,5%, movimentando R$ 3,08 bilhões e mantendo o país na 9ª posição no ranking dos maiores mercados de música do mundo, segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).
“Os números refletem não apenas o aumento do consumo de música no país, mas também a evolução das estratégias adotadas pelas gravadoras e plataformas digitais, que seguem impulsionando o setor com investimentos em tecnologia, distribuição e inovação”, afirma o relatório.
Streaming é a bola da vez
Os serviços de streaming dominaram o mercado brasileiro em 2024, com um faturamento de R$ 3,05 bilhões, representando 87,6% das receitas totais do setor no país no ano passado.
Todos os segmentos dos serviços de streaming cresceram em 2024, com destaque para as assinaturas de plataformas como Spotify, Deezer, Apple Music, YouTube Music e Amazon Music. Essas plataformas geraram um faturamento de R$ 2,07 bilhões, marcando um aumento de 26,96% em relação a 2023 e correspondendo a 68% do mercado de streaming no Brasil. O uso de serviços de áudio aumentou 8,3%, enquanto o segmento de vídeos musicais teve um crescimento de 20,3%.
