O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou alta de 0,56% em março, de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (11). Apesar de ainda representar avanço nos preços, o resultado mostra uma desaceleração significativa em relação a fevereiro, quando a inflação foi de 1,31%. No acumulado do ano, o IPCA já soma uma alta de 2,04%.
Inicialmente, o instituto afirmou que esse era o maior IPCA para março desde 2003, mas corrigiu a informação pouco depois, esclarecendo que é o maior resultado para o mês desde 2023, quando a taxa chegou a 0,71%.
O índice reflete aumentos em setores como alimentação, educação e transportes, e serve como termômetro para as decisões do Banco Central em relação à taxa básica de juros, a Selic. A meta de inflação estabelecida para 2024 é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A tendência de desaceleração, no entanto, traz um sinal positivo para a economia, ainda que o peso dos preços continue sendo sentido no bolso do consumidor.
A inflação acumulada em 12 meses chegou a 5,48%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%. A meta oficial para 2024 é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Apesar da pressão no acumulado, a inflação de março (0,56%) veio exatamente dentro do esperado pelo mercado financeiro, indicando uma leve estabilidade no curto prazo, mas com desafios no horizonte.
Veja o resultado dos grupos do IPCA em março
- Alimentação e bebidas: 1,17%;
- Habitação: 0,24%;
- Artigos de residência: 0,13%;
- Vestuário: 0,59%;
- Transportes: 0,46%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,43%;
- Despesas pessoais: 0,70%;
- Educação: 0,10%;
- Comunicação: 0,24%.
INPC fica em 0,51%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para reajustes do salário mínimo e que calcula a inflação para famílias de renda mais baixa, teve alta de 0,51%. Em fevereiro, o índice subiu 1,48%.
Assim, o INPC acumulou uma alta de 5,20% nos 12 meses até março de 2025.
Fonte: G1