Milhões de brasileiros ainda têm dinheiro esquecido em bancos e instituições financeiras. Segundo o Banco Central, os valores esquecidos somam bilhões de reais que ainda não foram resgatados pelos titulares. O montante está disponível no sistema de Valores a Receber (SVR), ferramenta criada justamente para facilitar o acesso a esses recursos.
Os valores esquecidos podem ter origem em contas-correntes ou poupanças encerradas com saldo, tarifas cobradas indevidamente, cotas de consórcio, entre outros. Para saber se tem dinheiro a receber, o cidadão deve acessar o site oficial do Banco Central (valoresareceber.bcb.gov.br), informar CPF ou CNPJ e seguir as instruções.
O serviço é gratuito, seguro e pode ser acessado a qualquer momento. De acordo com o BC, muitos brasileiros ainda desconhecem o direito a esse dinheiro ou não completaram o processo de resgate.
As informações mais recentes, divulgadas pelo Banco Central na terça-feira (8), referem-se a fevereiro deste ano. No período, os correntistas resgataram cerca de R$ 258 milhões em valores esquecidos em bancos e instituições financeiras.
O prazo para solicitar os valores termina no próximo dia 17, encerrando o período de seis meses definido pelo Tesouro Nacional. Após essa data, os recursos não resgatados serão incorporados à conta única do Tesouro e não poderão mais ser sacados administrativamente, restando apenas a via judicial.
O Banco Central também reforça que os valores disponíveis no Sistema de Valores a Receber (SVR) poderão ser solicitados por até 25 anos. Após esse prazo, os recursos não reclamados serão incorporados de forma definitiva ao patrimônio da União.
Até o fim de fevereiro, o total ainda não resgatado somava R$ 9,024 bilhões. Desde o lançamento do programa, já foram devolvidos R$ 9,713 bilhões aos cidadãos, de um montante total de R$ 18,737 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras.
Milhões de brasileiros ainda têm dinheiro esquecido em instituições financeiras. Segundo dados do Banco Central, até o final de fevereiro deste ano, R$ 9,024 bilhões ainda não haviam sido resgatados pelos correntistas. Desde o início do programa, R$ 9,713 bilhões já foram devolvidos, de um total de R$ 18,737 bilhões liberados no Sistema de Valores a Receber (SVR).
Somente em fevereiro, os saques somaram R$ 258 milhões. O período para solicitar parte desses recursos se encerra no próximo dia 17 de abril — prazo de seis meses estipulado pelo Tesouro Nacional. Após essa data, os valores não retirados serão incorporados à conta única do Tesouro, restando apenas a opção judicial para reavê-los. No entanto, o Banco Central reforça que os recursos disponíveis no SVR poderão ser requisitados administrativamente por até 25 anos. Após esse período, os valores passarão definitivamente ao patrimônio da União.
Entre os recursos disponíveis, estão:
- Saldos de contas-corrente ou de poupança encerradas;
- Cotas de capital e sobras de cooperativas de crédito;
- Recursos de consórcios encerrados e não procurados;
- Tarifas e parcelas cobradas indevidamente;
- Contas de pagamento encerradas (pré-pagas ou pós-pagas);
- Contas de registro mantidas por corretoras ou distribuidoras encerradas.
Quem ainda não resgatou?
Mais de 50 milhões de pessoas e empresas ainda não buscaram os valores esquecidos. Segundo o Banco Central, 46,4 milhões de pessoas físicas e 4,2 milhões de pessoas jurídicas não realizaram o resgate. Por outro lado, cerca de 29 milhões de brasileiros já acessaram o sistema e retiraram seus valores — 26,5 milhões de pessoas físicas e 2,5 milhões de empresas.
A maioria dos beneficiários tem direito a valores baixos:
- 63,97% têm até R$ 10 a receber
- 24,7% entre R$ 10,01 e R$ 100
- 9,61% entre R$ 100,01 e R$ 1 mil
- Apenas 1,71% possuem valores superiores a R$ 1 mil
Como consultar e sacar?
O acesso ao Sistema de Valores a Receber (SVR) é gratuito e pode ser feito pelo site oficial do Banco Central: valoresareceber.bcb.gov.br. Basta informar o CPF ou CNPJ e seguir as orientações.
Para solicitar valores de pessoas falecidas, é necessário comprovar vínculo legal, como herdeiro, inventariante, representante testamentário ou legalmente autorizado.
O que é o SVR?
O SVR é um serviço criado pelo Banco Central para permitir a consulta e devolução de valores esquecidos por cidadãos e empresas. Os recursos podem ter origem em:
- Contas-correntes ou poupanças encerradas com saldo
- Tarifas cobradas indevidamente
- Parcelas de consórcio não resgatadas
- Restituições não reclamadas
- Valores de cooperativas e instituições em liquidação