A fusão entre PSDB e Podemos azedou e foi considerada inviável por lideranças de ambas as siglas. Segundo o deputado federal Aécio Neves (MG), diante do impasse, o PSDB volta suas atenções para uma federação com partidos maiores, como MDB, Republicanos ou Solidariedade.
O principal entrave nas negociações foi o comando da nova legenda. A presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), propôs quatro anos de presidência com posterior revezamento, proposta não aceita pelos tucanos, que optaram por paralisar as conversas.
“Temos uma ótima relação com o Podemos, mas houve impasse sobre a governança. Estamos dialogando com MDB, Republicanos e Solidariedade”, afirmou Aécio, que integra a executiva nacional e comanda o Instituto Teotônio Vilela (ITV).
Oficialmente, a união se daria por incorporação, ou seja, o Podemos seria absorvido pelo PSDB. Porém, na prática, significaria uma fusão real: nova sigla, mudança de número, estatuto e comando. Cogitou-se até abandonar o tradicional número 45.
O movimento de buscar novos aliados surgiu após o fraco desempenho do PSDB nas eleições de 2024. No entanto, uma federação com gigantes como MDB ou PSD também é vista como arriscada: o PSDB, já reduzido, poderia ser engolido na correlação de forças.