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segunda-feira, 16 junho, 2025

Prédios com vidraças nas cidades ameaçam aves, aponta pesquisa

Um estudo publicado na semana passada no periódico Ecology mostrou que 4.103 aves colidiram com janelas de vidro em um período de sete décadas em 11 países das Américas Central e do Sul.
Segundo a pesquisa, coordenada por dois brasileiros e por um cientista da Universidade de Helsinque (Finlândia), observou que mais de 500 espécies sofreram acidentes com essas estruturas, algumas ameaçadas de extinção, entre 1946 e 2020.
O levantamento mostrou que 2.537 aves morreram imediatamente após as colisões, e 1.515 foram encontradas vivas e encaminhadas a centros de reabilitação. As épocas em que ocorreram os acidentes provavelmente coincidem com períodos de migração e reprodução das espécies, de acordo com o estudo.
Apenas no Brasil, foram analisados os registros de 1.452 incidentes, incluindo indivíduos de espécies ameaçadas de extinção, como gavião-pombo-pequeno (Buteogallus lacernulatus), cigarrinha-do-sul (Sporophila falcirostris) e saíra-pintor (Tangara fastuosa), endêmicas da Mata Atlântica.
A pesquisa foi liderada por Augusto João Piratelli, da Universidade Federal de São Carlos, Bianca Ribeiro, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, e por Ian MacGregor-Fors (Universidade de Helsinki, Finlândia). Também colaboraram com o estudo mais de 100 pesquisadores, incluindo vários brasileiros.
Pesquisadora do Instituto Nacional da Mata Atlântica, Flávia Guimarães Chaves, foi uma das colaboradoras do estudo. Segundo ela, o levantamento mostra que janelas e outras estruturas urbanas de vidro ameaçam as aves, já que elas não enxergam essa barreira.
De acordo com a pesquisadora, o estudo poderá subsidiar políticas públicas, normas de construção e campanhas de conscientização voltadas à redução das colisões com vidros, um passo importante para tornar as cidades mais amigáveis à biodiversidade.

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