Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de testes do pezinho realizados no Brasil tem crescido nos últimos anos. Em 2023, foram registrados 9.177.972 exames, enquanto em 2024 o total subiu para 9.395.363, um aumento de 2,37%. A média mensal passou de aproximadamente 764,8 mil testes em 2023 para 782,9 mil em 2024. Já em 2025, até o mês de março, foram realizados 2.354.040 exames, com uma média mensal de 784,6 mil.
O teste do pezinho é uma triagem neonatal que detecta doenças genéticas, metabólicas, imunológicas e infecciosas por meio da análise de gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê e aplicadas em papel filtro. O exame deve ser feito preferencialmente entre o terceiro e o quinto dia de vida.
O Dia Nacional do Teste do Pezinho, celebrado em 6 de junho, reforça a importância da realização desse exame, essencial para garantir um início de vida mais saudável às crianças.“O teste é fundamental para o diagnóstico precoce de doenças como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase”, explica o pediatra do Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista, Juliana Albuquerque.
Essas condições, embora raras, podem trazer sérias consequências se não forem identificadas a tempo. A fenilcetonúria impede o organismo de metabolizar um aminoácido presente em alimentos com proteína.
O hipotireoidismo congênito reduz a produção de hormônios da tireoide, essenciais para o desenvolvimento neurológico. As síndromes falciformes afetam os glóbulos vermelhos e podem causar anemia e dores intensas. A fibrose cística compromete pulmões e o sistema digestivo, devido ao acúmulo de muco. A hiperplasia adrenal congênita altera a produção hormonal das glândulas adrenais e pode provocar desidratação e distúrbios no desenvolvimento.
Por fim, a deficiência de biotinidase interfere no aproveitamento da vitamina B7, podendo causar problemas neurológicos e de pele.
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