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terça-feira, 15 julho, 2025

Brasil volta à lista de países com mais crianças não vacinadas no mundo

O baixo índice de vacinação infantil fez o Brasil voltar para a lista de países com mais crianças não imunizadas no mundo. O retrocesso foi apontado em um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado ontem (14).
Segundo o relatório, o Brasil passou de 103 mil crianças não vacinadas em 2023 para 229 mil em 2024. O número fez o país ficar na 17ª colocação da lista de nações com mais crianças não imunizadas, na frente de Mianmar (209 mil – 18º lugar no ranking), Costa do Marfim (193 mil – 19º) e Camarões (168 mil – 20º). Nigéria (2,1 milhões), Índia (909 mil) e Sudão (838) compõem as primeiras colocações da lista.
No cenário global, 14 milhões de crianças não se vacinaram em 2024, enquanto 5,7 milhões receberam proteção parcial -– isto é, apenas uma das doses recomendadas. A Unicef aponta como causas do quadro o acesso limitado a serviços de imunização, conflitos ou desinformação sobre vacinas.
Como resultado, nenhuma das 17 vacinas monitoradas pela OMS alcançou cobertura de 90% ou mais no período. É o caso do imunizante contra difteria, tétano e coqueluche, conhecido como DTP1. No ano passado, 89% das crianças foram vacinadas com uma dose do imunizante, enquanto 85% receberam as três doses. Em comparação com 2023, contudo, um milhão de crianças a mais completaram o ciclo vacinal.
A cobertura contra o sarampo também melhorou, com 84% das crianças recebendo a primeira dose e 76% recebendo a segunda, um pouco acima do ano anterior. Estima-se que mais 2 milhões de crianças foram alcançadas em 2024, cobertura que, apesar de soar positiva, está longe dos 95% necessários para prevenir surtos. Ao todo, mais de 30 milhões de crianças seguem desprotegidas contra a doença.
No caso do Brasil, além das dificuldades enfrentadas na cobertura vacinal, a Unicef aponta para o abandono vacinal: imunizantes que exigem múltiplas doses, como a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), apresentam altas taxas de evasão entre a primeira e a segunda dose. Em alguns estados, o indicador ultrapassa os 50%, comprometendo a efetividade da imunização e aumentando o risco de reintrodução de doenças controladas.

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