O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), está sob forte crítica após denúncias apontarem que o deputado teria mantido no gabinete uma fisioterapeuta com atuação “fantasma”. A profissional Gabriela Batista Pagidis, foi remunerada com R$ 807,5 mil desde 2017, sem registro de presença no Congresso Nacional. A informação é do portal Metrópoles.
Gabriela, nomeada em 1º de junho de 2017, exercia atividades como secretária parlamentar no gabinete de Motta, mas foi flagrada trabalhando em clínicas e academias em dias úteis pela manhã e tarde. Segundo o levantamento do portal, ela marcava ponto em Brasília no Instituto Costa Saúde e no Centro Clínico Bandeirantes, em horários incompatíveis com o expediente na Câmara.
O salário da servidora variou entre R$ 1.550,66 e R$ 16.714,06, de acordo com documentos oficiais. A soma ultrapassa R$ 890,5 mil se consideradas nomeações anteriores. A prática pode configurar improbidade administrativa.
Além de Gabriela, outras duas servidoras foram contratadas por Hugo Motta em esquemas semelhantes, sem comprovação de trabalho parlamentar efetivo. O caso reacendeu críticas sobre uso indevido de recursos públicos e à manutenção de “cabides de emprego” na Câmara.
Em nota, a assessoria do presidente da Câmara informou que: “O presidente Hugo Motta preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”.