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terça-feira, 29 julho, 2025

Pesquisa mostra que homens atingem orgasmo duas vezes mais que mulheres

Aumento da frequência cardíaca, descarga rítmica de tensão sexual e, logo depois, uma sensação intensa de bem-estar físico e emocional. O orgasmo é uma reação natural do corpo, uma experiência única e individual, provocada por estímulos sensoriais processados pelo cérebro. Essa resposta fisiológica, tão natural quanto complexa, ganhou um dia no calendário para ampliar o diálogo sobre prazer e bem-estar. Celebrado em 31 de julho, o Dia Mundial do Orgasmo surgiu na Inglaterra, em 1999, inicialmente com fins comerciais. Hoje, a data convida à reflexão sobre a saúde sexual de forma aberta, sem tabus, reconhecendo o prazer como parte fundamental da qualidade de vida.
Apesar da importância do tema, nem todos vivenciam o orgasmo com a mesma frequência. Um estudo publicado em maio deste ano no Journal of Social and Personal Relationships revelou que 90% dos homens relatam atingir o orgasmo em encontros sexuais, enquanto apenas 54% das mulheres chegam ao clímax.
Segundo a ginecologista Maria Gabriela Loffredo D’Ottaviano, do Vera Cruz Hospital, os números expõem um desequilíbrio preocupante. “Esse dado mostra que, muitas vezes, o prazer feminino ainda é negligenciado, seja por falta de conhecimento, diálogo ou estímulo adequado. O orgasmo não é só uma resposta sexual, ele impacta diretamente a saúde física e emocional”.
Mais do que prazer, o orgasmo envolve fatores anatômicos, fisiológicos, hormonais, neurobiológicos e psicológicos. Durante esse processo, o corpo libera substâncias como serotonina, dopamina, ocitocina e endorfinas, que promovem alívio do estresse, melhora do humor, sensação de conexão afetiva e até qualidade no sono. “Essa combinação neuroquímica representa um momento de equilíbrio e bem-estar. O orgasmo ajuda a regular emoções, fortalece vínculos e tem papel importante na autoestima. Não é apenas um ponto alto da relação, mas parte do que nos mantém saudáveis”, destaca a médica.
A intimidade, o carinho e o respeito mútuo são fundamentais para a construção de uma vida sexual plena. Ainda assim, é preciso reconhecer que nem sempre o orgasmo acontece, e isso é normal em determinadas fases da vida. “A ausência eventual é comum, mas quando se torna frequente, pode indicar questões físicas, emocionais ou até de relacionamento. Nestes casos, o ideal é procurar apoio especializado”, orienta.
Com o envelhecimento, por exemplo, o corpo passa por mudanças, mas isso não significa o fim do prazer. “Com acolhimento, comunicação e orientação adequada, é totalmente possível manter uma vida sexual ativa e satisfatória na maturidade”. Para quem enfrenta dificuldades com o orgasmo ou percebe uma queda no desejo sexual, o primeiro passo é buscar ajuda. “Uma consulta com ginecologista ou urologista pode ser o início de uma abordagem multidisciplinar, que envolva também psicólogos e fisioterapeutas pélvicos. Cada caso deve ser analisado de forma individualizada”, pontua.
Por fim, a médica reforça que a saúde sexual é parte da saúde integral e que o diálogo dentro da relação é essencial. “Conversar abertamente com a parceria, sem julgamentos, é o caminho para uma vida sexual mais saudável. O prazer é legítimo, natural e deve ser vivido com responsabilidade, respeito e liberdade.”

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