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segunda-feira, 7 julho, 2025

SP tem menor número de incêndios para junho em 26 anos

O estado de São Paulo registrou o menor número de focos de incêndio em junho desde o início da série histórica, em 1998. Foram 55 focos de queimadas, abaixo dos 63 observados em junho de 2012 — até então o menor valor já computado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em comparação com o mesmo mês de 2024, a queda foi de 89%, quando foram registrados 532 incêndios.
O resultado se dá em um momento de fortalecimento das ações do Governo de São Paulo no combate e prevenção a queimadas com a Operação SP Sem Fogo. A ação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Durante o período de estiagem, a operação entra na fase vermelha, com intensificação dos trabalhos.
Uma das principais inovações deste ano foi a criação da Sala SP Sem Fogo, no Centro de Gerenciamento de Emergências, que permite monitorar em tempo real focos de calor, direção do vento e umidade do ar. A estrutura auxilia na previsão de cenários críticos e no acionamento rápido de equipes.
Também foi implementado um sistema de alerta georreferenciado, que envia notificações automáticas sempre que focos surgem próximos a unidades de conservação, permitindo ação imediata das equipes.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, destaca que a queda nos incêndios é resultado de planejamento técnico, investimentos em tecnologia, equipes capacitadas e reforço da legislação.
Para este ano, a Semil implementou mudanças na legislação ambiental visando coibir queimadas ilegais. As alterações na Resolução Sima 05/2021, publicadas em abril, estabelecem punições mais severas para a utilização irregular do fogo em áreas rurais.
A principal mudança é a criação de uma multa específica para proprietários rurais que não adotarem medidas preventivas contra incêndios florestais, com valores que variam entre R$ 5 mil e R$ 10 milhões. A norma também aumenta as penalidades para quem provocar incêndios em áreas produtivas ou vegetação sem autorização, com multas de R$ 3 mil por hectare atingido, podendo dobrar em casos mais graves, como incêndios em terras indígenas. A legislação anterior previa multa de até R$ 1,5 mil por hectare.
A Fundação Florestal destinou R$ 11 milhões iniciais à operação, com contratação de bombeiros civis, aeronaves, aquisição de equipamentos e retirada de vegetação seca em áreas estratégicas. O DER, por sua vez, destinou mais de R$ 300 milhões à conservação de rodovias, incluindo ações contra incêndios.
O Corpo de Bombeiros capacitou 1,9 mil agentes e outros 900 estão em treinamento. A Polícia Ambiental reforçou ações de educação e fiscalização. Até o momento, 3 mil agentes de 600 municípios foram capacitados pela Defesa Civil para integrar a operação.
O inverno com mais nebulosidade e chuvas também contribuiu para o resultado, ao reduzir as condições climáticas favoráveis à propagação de fogo.
Criada em 2023, a Operação SP Sem Fogo já entregou 348 veículos a municípios prioritários, além de kits de combate a incêndios. Em 2025, serão contratadas aeronaves também para monitoramento e adquiridos, pela primeira vez, 20 caminhões-pipa.

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