Com mais de 12 mil estabelecimentos comerciais registrados em Jundiaí, o comércio descentralizado, presente em todos os bairros, inclusive nos mais afastados do centro, tem se consolidado como motor de desenvolvimento econômico e social da cidade.
De acordo com levantamento do Departamento de Licenciamento de Atividades, da Secretaria de Finanças, a região Oeste concentra o maior número de comércio, com mais de 4,5 mil estabelecimentos, seguida pela região Sul, que soma mais de 3,4 mil. Esses dados reforçam a vocação empreendedora da comunidade e sua contribuição para a geração de emprego e renda local.
Além dos números, a força do comércio nos bairros também pode ser percebida nas histórias de quem empreende. Lali Scarpinelli, comerciante da Vila Hortolândia, é proprietária de uma loja de roupas e outra de acessórios. Para ela, a localização em um bairro residencial facilita o vínculo com os consumidores. “No bairro, a gente consegue fidelizar os clientes com muito mais facilidade. As pessoas voltam, indicam, criamos laços. A relação vai além da venda: é uma troca. É muito gratificante ver o negócio crescendo junto com a comunidade”, afirma Lali.
Esses estabelecimentos também têm forte impacto social, ao empregar moradores locais — muitas vezes jovens em busca do primeiro emprego, mulheres chefes de família ou pessoas com menor qualificação formal. Muitos negócios são familiares, o que reforça o empreendedorismo e a autonomia econômica das famílias.
Outro destaque está no estímulo à economia circular: o comerciante de bairro tende a comprar de fornecedores da própria cidade e contratar serviços locais, fazendo com que o dinheiro circule dentro de Jundiaí e impacte positivamente toda a cadeia produtiva.