A Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), está reforçando as medidas de prevenção contra a Febre Maculosa, doença endêmica no Estado de São Paulo e com maior risco de transmissão nesta época do ano. Em 2025, não houve registros da doença no município, enquanto em 2024 foi confirmado um caso.
Segundo o coordenador da VISAM, Luis Gustavo Grijota Nascimento, nesta época há maior incidência dos micuins — formas jovens do carrapato-estrela (Amblyomma sculptum), vetor da bactéria causadora da doença. Apesar de menos de 1% dos carrapatos estarem contaminados, a atenção deve ser redobrada. A equipe realiza ações como monitoramento de áreas públicas com presença de hospedeiros (capivaras, bois e cavalos) e análise do nível de infestação, especialmente em locais com histórico da doença.
Medidas preventivas
A população deve observar placas de alerta sobre a presença de carrapatos, evitar áreas de risco como matas, pastos e margens de rios, e usar roupas adequadas (mangas longas, calças por dentro das meias e botas), preferencialmente de cor clara para facilitar a visualização do parasita. As roupas devem ser higienizadas com água fervente, cloro ou alvejante, e o corpo inspecionado a cada duas horas.
Sintomas e atenção médica
A doença começa de forma súbita, com sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, mal-estar, náuseas e vômitos. Entre o segundo e o quinto dia, pode surgir um exantema (manchas avermelhadas) nas mãos e pés. É fundamental procurar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas, informando contato com áreas de risco ou hospedeiros. O período de incubação varia de 2 a 14 dias, e o tratamento rápido é essencial para evitar complicações graves e mortes.