Para marcar a Semana Estadual de Prevenção das Leishmanioses, a equipe da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), participou de um fórum online promovido pela Secretaria de Estado da Saúde. O encontro trouxe atualizações sobre o cenário da doença e discutiu o tratamento da leishmaniose cutânea.
Segundo a agente de endemias Roseli Silva, a participação é fundamental para atualização e troca de experiências. “Todos os anos participamos dessa iniciativa para, além de nos atualizarmos, compartilhar nosso trabalho e contribuir para o controle e a prevenção da zoonose no País. Novamente, foi muito positivo”, afirmou.
A Leishmaniose Visceral é uma doença grave que pode atingir humanos e animais, transmitida pelo mosquito-palha (flebotomíneo). Jundiaí se mantém como referência, sem casos autóctones registrados, graças às ações de vigilância. A VISAM realiza, ao longo do ano, monitoramento com armadilhas para captura e identificação do vetor, campanhas de orientação, visitas a clínicas veterinárias, coleta de sangue de cães e inquéritos sorológicos. As ações são estendidas aos municípios do Aglomerado Urbano de Jundiaí (Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Louveira, Jarinu e Várzea Paulista), em parceria com o Instituto Adolfo Lutz, Fiocruz e equipes regionais.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, entre 2017 e 2025 foram notificados 726 casos da doença e 73 óbitos em pessoas. Apenas em 2024 houve 45 registros da forma visceral, e até abril de 2025 já foram confirmados 14 novos casos, concentrados principalmente na região Noroeste paulista.
A orientação da VISAM é manter os ambientes limpos, eliminando material orgânico que serve de criadouro para o mosquito transmissor.
