Ontem, quinta-feira, muitas viaturas da Guarda Civil Municipal de Campo Limpo Paulista passaram a manhã estacionadas na base. Motivo: falta de combustível. Motivo da falta: a Prefeitura não estaria pagando a empresa Link, que fornece o combustível, desde junho. A empresa já notificou a Prefeitura oficialmente sobre os atrasos nos pagamentos. Além da GCM, a Link fornece combustível para a frota da Prefeitura, o que poderá comprometer outros serviços, como o de ambulâncias. O calote passaria dos 400 mil reais.
No final da tarde, a Prefeitura negou a história. Em nota oficial, afirma que tudo corre normalmente na cidade. A nota oficial:
“A Prefeitura de Campo Limpo Paulista esclarece que não houve qualquer prejuízo nos serviços da Guarda Municipal. Todas as viaturas permanecem abastecidas e em funcionamento.
A situação mencionada decorre de divergências sobre notas de manutenção apresentadas pela empresa fornecedora, algumas da gestão anterior, que foram contestadas pela Prefeitura. Em nenhum momento o abastecimento foi interrompido, garantindo a continuidade dos serviços essenciais”.
Não é bem assim. Alguns guardas denunciaram anonimamente a situação. E desde que o prefeito Adeildo Nogueira assumiu o cargo, em janeiro, as coisas não andam bem na cidade. Adeildo se queixou, inúmeras vezes, da falta de dinheiro. Ao tomar posse, decretou estado de calamidade financeira. Agora, se além da GCM, o serviço de ambulância também parar, a situação se complica de vez.
No Hospital de Clínicas as coisas só pioraram depois que a Prefeitura assumiu seu controle. Desde o começo da semana, moradores se queixam da demora do atendimento devido à falta de funcionários. Segundo um paciente, havia somente uma funcionária para cuidar dos curativos e dos casos de emergência.
