A disciplina de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí iniciou um projeto piloto que une ensino, saúde e valorização dos colaboradores da instituição. A iniciativa reúne funcionárias da equipe de limpeza para encontros voltados à promoção da saúde, com foco, nesta primeira etapa, na glicemia e nos cuidados com a alimentação.
Coordenado pelas professoras Ivani de Souza, Iraides dos Santos, Danilo Crege, e apoio fundamental da técnica Marcia Galdino, o projeto tem dois objetivos principais: promover a conscientização sobre temas de saúde entre as colaboradoras e oferecer aos alunos monitores da disciplina de Fisiologia a oportunidade de vivenciar a educação em saúde na prática.
“Queremos que nossos alunos aprendam a transformar assuntos complexos em explicações simples e acessíveis. Esse é um papel essencial do médico — saber orientar o público de forma clara e empática”, destaca a professora Ivani.
Durante os encontros, as monitoras preparam materiais e dinâmicas para explicar de forma prática como a glicose age no organismo, quais alimentos influenciam a glicemia e quais estratégias podem auxiliar a mantê-la equilibrada. O conteúdo foi pensado para as funcionárias poderem aplicar no dia a dia hábitos mais saudáveis e conscientes.
Segundo a professora Iraides, o primeiro encontro foi dedicado à apresentação do projeto e à escuta das participantes. “Elas responderam um formulário com os temas de maior interesse e principais dúvidas sobre saúde. A partir dessas respostas, planejamos as próximas atividades”, explica.
Nesta etapa, estão previstos três encontros, com experiências práticas que permitem visualizar como diferentes alimentos interferem na taxa de glicose. Ao final, as participantes receberão dicas simples e estratégias para evitar os picos glicêmicos.
O professor Danilo Crege destaca que os resultados já começam a aparecer. “Encontrei duas funcionárias conversando sobre o que aprenderam e refletindo em relação aos alimentos. Ver esse tipo de troca é a prova de que o projeto está funcionando”, comemora.
A proposta da disciplina é, no futuro, ampliar o projeto para outros setores da FMJ, sempre de forma voluntária.
“É uma forma de devolver um pouco a quem tanto contribui com o nosso dia a dia. Além disso, é uma experiência rica para os alunos, que aprendem a levar educação em saúde para a comunidade, estimulando o autocuidado e o entendimento sobre o próprio corpo”, conclui Iraídes.