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quarta-feira, 5 novembro, 2025

Funcionários do hospital de Campo Limpo dormem no chão

Campo Limpo Paulista se tornou uma cidade pródiga em denúncias. Todas confirmadas. Nesta semana, apareceu mais uma: por falta de acomodações, funcionários do Hospital de Clínicas estão repousando no chão durante seu horário de descanso, previsto em lei (Lei Federal nº 14.602/2023). E para não ficarem em contato direto com o cimento frio, estão usando papelão, como o fazem moradores de rua.

Como de praxe, a Prefeitura, responsável pelo hospital, faz de conta que não é com ela. Pacientes estão denunciando também a falta de insulina na farmácia municipal. Segundo um paciente, está faltando a Tresiba, um medicamento de alto custo que ele deveria receber por ordem judicial. Que não é cumprida pela Prefeitura. E isso já dura mais de três meses. As desculpas são do tipo “embromation”.

Mas o prefeito de Campo Limpo Paulista, Adeildo Nogueira, pelo que se nota gosta de viver perigosamente, e para isso vive criando problemas. Alguns deles:

– Ao assumir a Prefeitura, Adeildo declarou estado de calamidade financeira. O fato foi desmentido depois pelo seu secretário de Finanças, que afirmou em audiência pública que a Prefeitura tem dinheiro.

– Adeildo quis modificar o projeto original da duplicação da Avenida Alfried Krupp. Pretendia (ou ainda pretende) colocar mais uma ponte nessa história. A ampliação já teve concorrência pública e tem uma empresa vencedora. Mas a obra não começa por causa do impasse – a Cetesb não aprova o projeto de Adeildo. E a empresa que ganhou a concorrência precisou fazer novo projeto, e por isso está cobrando R$ 330 mil da Prefeitura. Ninguém fala em pagar.

– No seu show de internet, Adeildo se referiu a uma paciente com câncer de mama como calvinha, grileira e invasora de terras. E ela só queria que a Prefeitura lhe fornecesse os medicamentos para seu tratamento. O fato teve protestos na cidade e repercussão nacional, com muitas personalidades assumindo a defesa da mulher.

– Por essa mesma razão, Adeildo arrumou briga com a vereadora Quézia de Lucca, de Jundiaí, que também se pronunciou a favor da paciente com câncer de mama.

Com tantos problemas, criados por ele mesmo, Adeildo poderá enfrentar um processo de cassação de seu mandato. Ontem, muitos vereadores já pensavam nisso.

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