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terça-feira, 18 novembro, 2025

Metade dos envolvidos com o tráfico não chega ao ensino médio

A conclusão do ensino médio é a uma realidade para somente dois em cada dez entrevistados em um estudo divulgado ontem (17) com respostas de quase 4 mil pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Para mais que a metade, a frequência escolar termina antes do ensino médio.

A baixa escolaridade declarada pelos entrevistados é um dos pontos que mais chama a atenção na pesquisa Raio-X da Vida Real, realizada pelo Instituto Data Favela, da Central Única das Favelas.

O estudo analisou as respostas de 3.954 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. As entrevistas foram feitas pessoalmente, nos locais de atividade criminosa, no período entre 15 de agosto de 2025 e 20 de setembro de 2025, em favelas de 23 estados brasileiros.

Nível de escolaridade declarado pelos entrevistados:

Ensino médio completo: 22%;

Ensino médio incompleto: 16%;

Ensino fundamental completo: 13%;

Ensino fundamental incompleto: 35%;

Sem instrução: 7%.

O questionário trazia ainda a pergunta “Olhando para trás na sua vida, o que você teria feito de diferente?”, e 41% relataram que teriam estudado ou se formado formado.

Ainda no tema educação, o curso de nível superior que mais interessava aos entrevistados era Direito, que seria a escolha de 18% deles. Além disso, 13% escolheriam Administração; 11%, Medicina/Enfermagem; 11%, Engenharia/ Arquitetura; e 7%, Jornalismo/Publicidade.

De acordo com a pesquisa, a falta de acesso à educação e a oportunidades de qualidade no mercado de trabalho são causas para que entre 6 ou 7 em cada 10 dessas pessoas não consigam ganhar acima de dois salários-mínimos de renda mensal.

Sobre os arranjos familiares, 35% dos entrevistados declararam que foram criados em famílias tradicionais, e 38%, em famílias monoparentais ─ das quais 79% são lideradas pelas mães, conforme constatam os números do Censo Demográfico IBGE 2022.

A Pesquisa Raio-X da Vida Real identificou uma grande diversidade de modelos familiares baseados, especialmente, nas figuras femininas como as mães, tias e avós. Para os entrevistados, as pessoas mais importantes são a mãe (43%), os filhos (22%), a avó (7%) e o pai (7%). Além disso, 4% contaram não ter ninguém importante, e 6% não responderam.

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