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segunda-feira, 29 dezembro, 2025

Mananciais de São Paulo operam com 26% da capacidade

O Sistema Integrado Metropolitano, que abrange sete mananciais e é responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, opera atualmente com 26,42% de sua capacidade de armazenamento. O cenário é resultado da combinação entre a maior seca dos últimos anos, a ocorrência de uma onda de calor recorde e a elevação acentuada do consumo de água, que, nos últimos dias, chegou a registrar aumentos de até 60% em alguns pontos da região.

Diante desse contexto, o Governo de São Paulo mantém e amplia o trabalho integrado de monitoramento e prevenção à escassez hídrica. Com base em diagnósticos de curto, médio e longo prazo elaborados pela SP Águas, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) mantém o regime de prevenção e contingência, autorizando a Sabesp a realizar a gestão da demanda no período noturno de 10 horas de duração, das 19 às 5 horas. As medidas de gestão hídrica adotadas garantem economia diária equivalente a mais de 1,2 milhão de caixas d’água de 500 litros, ou 50,4 mil caixas por hora.

Dois dos principais reservatórios do estado, Alto Tietê e Cantareira, operam com volumes próximos de 20% da capacidade. A situação exige atenção permanente, uma vez que o SIM funciona de forma integrada, conectando grandes e pequenos mananciais, adutoras e estações de tratamento. Esse modelo permite a transferência de água entre sistemas, reduzindo riscos de desabastecimento, mas também faz com que a pressão sobre um sistema impacte todo o conjunto.

As ações são acompanhadas no âmbito do Comitê Gestor da Política Estadual de Mudanças Climáticas, coordenado pelas secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e de Defesa Civil, com participação da Arsesp, SP Águas, da Unidade Regional de Abastecimento de Água 1 (URAE-1) e da Sabesp. O comitê é responsável pelo acompanhamento do Programa São Paulo Sempre Alerta, e as medidas estão alinhadas ao Plano de Adaptação e Resiliência Climática do Estado.

A onda de calor intensificou a pressão operacional sobre o sistema de abastecimento. Para atender à demanda considerada anormal, a produção de água foi ampliada em 9%, passando de 66 m³/s para 72 m³/s, mesmo com a estimativa de que haja 30% menos consumidores na região neste período, em razão das festividades de fim de ano.

Os modelos meteorológicos oficiais indicam baixa previsão de chuvas, que devem ficar abaixo da média em janeiro. Mesmo quando ocorrerem, as precipitações podem não ser suficientes para reverter rapidamente o quadro, o que reforça a importância da atuação planejada que vem sendo desenvolvida pelo Governo de SP.

Como parte das ações de mitigação, o Governo do Estado reforça a importância do uso consciente da água. Medidas simples no dia a dia contribuem para a preservação dos mananciais: reduzir o tempo do banho de 15 para 5 minutos pode economizar até 162 litros de água em um apartamento; lavar o carro com balde, em vez de mangueira, evita o desperdício de 176 litros; e varrer a calçada, em vez de lavá-la, pode poupar até 279 litros a cada 15 minutos.

“O uso consciente de água deve fazer parte da rotina das famílias, principalmente neste período de escassez severa. A ação de cada um tem impacto direto na preservação do nível dos mananciais”, disse a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.

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