Em um mês, muito já foi feito para construir o PMPI (Plano Municipal pela Primeira Infância) de Várzea Paulista, que norteará as políticas públicas para crianças de até 6 anos pelos próximos dez anos. As Cirandas Formativas com gestores de todas as pastas municipais, lideradas pela coordenadora do plano, Jaqueline Souza, desde novembro, têm sido fundamentais. No último encontro, na semana passada, na Praça CEU, ela resumiu as três cirandas anteriores e mostrou o papel de cada pasta na elaboração do plano, inclusive por meio de ações já realizadas no município.
A Unidade Gestora de Transporte Público e Trânsito teve espaço para demonstrar ações exitosas que contribuem para um número muito positivo: a ausência de crianças vítimas fatais em acidentes, desde janeiro de 2020.
Segundo a servidora municipal, os três primeiros encontros foram importantes para que cada administrador público presente pudesse pensar sobre a própria infância e como Várzea Paulista pode melhorar as práticas já adotadas e criar novas medidas que tornem a cidade cada vez mais acolhedora e desenvolvedora das crianças da primeira infância — 0 a 6 anos. “No segundo encontro, concluímos que para cumprir o desafio da Urban95, precisamos adaptar os espaços para o brincar livre e maior contato com a natureza”, exemplificou.
Já no terceiro encontro, as unidades gestoras puderam debater internamente seus objetivos estratégicos e mostrar umas às outras o que já tem sido realizado, além de começarem a estruturar o guia público que será disponibilizado, em breve, com todos os serviços essenciais voltados à primeira infância.
Na segunda e terceira cirandas, respectivamente, as Unidades Gestoras de Infraestrutura Urbana e Obras Públicas, e de Desenvolvimento Social, puderam mostrar práticas bem-sucedidas, como, por exemplo, o PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família) e os diversos parques existentes em todas as regiões da cidade.
No quarto encontro, a gestora municipal de Planejamento e Inovação, Carla Medeiros, informou que o PMPI terá todos os cuidados orçamentários, a partir dos dados da própria pasta, para que as unidades reservem recursos às políticas planejadas.
Jaqueline destacou a importância de fazer um plano bastante cuidadoso e realista, que possa melhorar a vida das crianças sem prometer medidas acima da realidade financeira do município. “A gente vai resolver as questões para o desenvolvimento, graças à consultoria com a Urban, mas também conseguimos desenvolver um plano absolutamente executável, o que é muito diferenciado”.
A coordenadora deixou uma mensagem, ao final de sua apresentação: “Uma cidade boa para as crianças é uma cidade boa para Todos.”. Ficou claro, ao final das Cirandas, que o Plano Municipal pela Primeira Infância garante que, independentemente de quem estiver na gestão, a criança continuará sendo prioridade absoluta pelos próximos dez anos.
A partir de hoje (8), começa nova etapa da elaboração do PMPI (Plano Municipal pela Primeira Infância): as escutas públicas.
Pais, responsáveis, educadores e os demais moradores serão convidados a responder um questionário detalhado, sobre assuntos como mobilidade, saúde, educação, espaços de brincar, segurança, habitação, cultura e convivência. O intuito é entender como a cidade funciona hoje para quem cuida de crianças pequenas e quais melhorias são consideradas prioritárias. O prazo é de 30 dias.
A Prefeitura ainda promoverá oficinas nas escolas, com crianças pequenas, que poderão expressar, por meio de desenhos, conversas, brincadeiras e pequenas frases, a visão que possuem da cidade e como imaginam o lugar ideal para viver e brincar.
A comissão que dará continuidade à elaboração do PMPI voltará a se reunir já no mês que vem.




